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No palco, na TV, na rua, em assentamentos rurais e em empresas multinacionais. O trabalho do Circo Tupiniquim segue se espalhando em diferentes espaços Ceará afora há 30 anos. Evidenciando a ludicidade do boneco ao público, o objetivo da trupe é fazer rir, mas não só. É também fazer a plateia refletir, questionar e criar. Com preocupação que vai além da cena, o grupo atua ainda na formação em teatro de bonecos e realiza movimento de afirmação da cultura
popular nordestina.
Para comemorar as três décadas, a companhia entra em cartaz hoje com o espetáculo As Estripulias do Macaco Simão no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. A peça infantil segue em cartaz aos sábados de setembro, sempre às 17 horas.
“São 30 anos trabalhando com boneco, que é um é um arquétipo que está no inconsciente coletivo. O boneco em si tem um poder de comunicação muito grande”, destaca Omar Rocha, que encabeça o grupo. O artista aponta que a preocupação sempre foi formar plateia entre crianças e adultos. “O boneco toca o humano, deixa a pessoa mais à vontade, mais disposta a interagir”, diz.
O grupo mantém sede na CE 040, em Aquiraz. De lá, eles difundem a arte bonequeira pelo Estado. O grupo já realizou atividades em comunidades camponesas nas áreas de assentamento em cidades como Quixadá e Quixeramobim. Além de discutir reforma agrária com humor e leveza, o Circo também fez turnê pelo Ceará para falar sobre questões de saúde pública. “Na década de 1990, saímos em cidades do Interior falando de DST e da questão da Aids, numa época em que as pessoas não tinham informação”, conta Omar.
Na TV, os bonecos da trupe fizeram sucesso em programas como o humorístico Nas Guarras da Patrulha e o infantil TV Tupiniquim. No currículo, montagens como Água na Boca e O Camaleão, além dos premiados O Sol Gripou e o Galinheiro Mudou e Detestinha: o bicho que detesta ler.
Entre as atividades formativas realizadas pelo grupo estão aulas de manipulação de bonecos para a alunos e professores de escolas públicas e também o ensino da técnicas para assistentes sociais. O grupo oferece ainda oficina para atores que se interessam pela arte da manipulação. “Não existe no Brasil nenhuma escola de formação para boneco. O aprendizado de um artista manipulador se dá de forma empírica, no contato com outros artistas”, aponta Omar, que comemora o reconhecimento do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste como Patrimônio Cultural do Brasil, em abril passado.
Além de Omar, atualmente a companhia é encabeçada por Carlos César e Francisco Duarte. “Temos, na nossa proposta, o questionamento social e político. Tivemos que aprender na marra e isso nos deu combustível para criar”, pondera Carlos César. O artista completa: “Trabalhamos o divertimento para criança de um modo que sirva para o adolescente, para o adulto”, conclui.
“Temos muito o que comemorar, principalmente por ser um grupo que não tem patrocínio”, destaca Francisco Duarte. “Temos coragem, força de vontade. É muito difícil um grupo de teatro se manter 30 anos”, diz.
Serviço
As Estripulias do Macaco Simão
Onde: Teatro do Centro Dragão do Mar (Praia de Iracema)
Quanto: R$ 6 (inteira)Telefone: 3488 8600
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