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Artistas de vários lugares do mundo se reúnem em Fortaleza e no Crato para partilhar saberes. O 3º Encontro Internacional de Contação de Histórias começa hoje e segue até domingo, 12, em Fortaleza, e de 13 a 15 de julho na região do Cariri. Serão oficinas, palestras, narrativa de contos populares e autorais, promovendo a leitura por meio da tradição oral.
Criado em 2005 pela escritora, cordelista e contadora de histórias Josy Maria, o evento comemora dez anos trazendo narradores da Argentina, Cabo Verde e Madagascar. Do Brasil, além do Ceará, participam artistas do Acre, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
A cerimônia de abertura do 3º Contação de Histórias será hoje, no Anfiteatro Dragão do Mar, às 20 horas, com a apresentação História & Cantoria de Geraldo Amâncio e Antônio Jocélio (CE), além de outras apresentações.
Para Josy, a contação de histórias é uma arte que ainda encanta muito, mesmo com toda a tecnologia disponível. Ela diz que as pessoas se identificam e respondem positivamente, porque a oralidade é uma “necessidade humana” que está ligada ao afeto, ao desejo de ser escutado e de ser visto. “Quando se ouve uma narração a gente se liga aos nossos ancestrais”.
A cordelista espera que o evento reúna um público de, no mínimo, 5 mil pessoas, entre crianças, adultos e artistas participantes. Josy cita a presença de importantes convidados, gestores e organizadores de outros estados, a exemplo de Benita Pietro que vem mediar as mesas de debates. Benita é escritora, produtora cultural, presidente do Instituto Conta Brasil e coordenadora da Red Internacional de Cuentacuentos.
Com mais de 35 anos de carreira dedicados ao público infantil, a compositora Bia Bedran também integra o evento, com a palestra A Arte Narrativa e o show Fazer um Bem, ambos no dia 12. Enquanto a palestra acontece no palco principal do Theatro José de Alencar, de 14 às 16 horas, o show de encerramento será no Anfiteatro do Dragão do Mar, às 20 horas, junto aos músicos Patrick Angello e Paulão Menezes. No show, a artista busca destacar a presença dos diversos “pequenos bens cotidianos” que somados fazem uma grande diferença para o que ela considera urgente: resgatar a dignidade e o bem social.
Bia, que é ainda cantora, contadora de histórias e escritora, diz que a matéria-prima do trabalho do artista é a oralidade. “Somos um arquivo vivo, através do nosso fazer, do gesto, das falas, da memória, do olho no olho, promovemos o encontro real das pessoas e uma conexão com a ancestralidade”. Ela considera “fundamental” o evento promovido pelo Cordão de Histórias, reunindo fazeres diferentes e promovendo o encontro diante de um mundo cada dia mais virtual. “A narrativa é um encontro, ninguém narra sozinho”, elabora.
Para o ator Zé Bocca, que também participa do evento, narrar histórias é um “ato de resistência”, que não pode ser delegado apenas aos artistas, mas deve ser um fazer partilhado também pelos pais, avós, professores. Ele destaca que encarar o público de frente é uma oportunidade importante. “Cada vez que podemos contar histórias e o público ouve, a resposta é imediata”.
Na busca de manter viva a arte de contar histórias, Bocca formou, juntamente com outros contadores, o Coletivo X13 de Narradores, que deve apresentar o primeiro espetáculo dia 22 deste mês na Reffsa do Crato. Para o III Cordão de Histórias, ele traz o espetáculo Palavras Andantes, da obra do escritor uruguaio Eduardo Galeano, amanhã, 9, às 20 horas, no Teatro Dragão do Mar.
Nos demais dias, as atividades serão realizadas em vários espaços da cidade, como Dragão do Mar, Centro Cultural Banco do Nordeste (BNB), Espaço Cultural dos Correios e Praça dos Leões.
SERVIÇO
3º Cordão de Histórias
Quando: Hoje a domingo,12, (Fortaleza); 13 a 15 de julho (Crato)Onde: Fortaleza (vários espaços) e Crato (ONG Beatos)
Entrada gratuita (Inscrições – no local. Oficinas - R$ 20)Informações: cordaodehistorias@gmail.com
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