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Sérvulo Esmeraldo usa a bengala para indicar exatamente o local em que sua obra deve ser posicionada pelos ajudantes. Noite da última segunda-feira (20) e o artista de 86 anos organiza sete dos seus inúmeros trabalhos na galeria Multiarte. A pedido do homenageado, que acredita ser o espaço público o lugar adequado para a arte, uma das obras é arrumada do lado de fora para que possa ser avistada por quem passa pela rua Barbosa de Freitas, na Aldeota.
Com sorriso no rosto, o “menino do Crato” está ansioso pela noite de hoje, quando, a partir das 19h30, vai receber admiradores e amigos para lançamento de mais um registro da sua história da arte: o livro
A linha e a luz.
Uma pausa na organização da galeria e Sérvulo pode, enfim, conversar sobre a publicação que reúne textos dele sobre a própria obra. A primeira pergunta vem: por que escrever sobre o próprio trabalho? “Isso é coisa de estudante, né? Eu anoto e depois passo para a realização. Tudo de uma maneira bem escolar”, afirma o homem que já nem sabe mais precisar quantas homenagens recebeu em galerias de Paris, São Paulo e outras grandes cidades.
No livro lançado hoje, porém, as outras cidades são rápidas passagens. É em Fortaleza que o artista-estudante finca sua história. “Aqui, eu pude fazer obras grandes. Na Europa, era muito caro, mas aqui eu consegui fazer meu trabalho bem grande. Eu desenvolvi a obra em função do espaço”, conta.
Ele completa: “Atualmente eu sonho muito, coisa que não me lembro de ter feito antes. Aí eu desenho para depois realizar em ferro, madeira”, diz. O título do livro dá conta de dois elementos que sempre acompanharam a trajetória dele. “Obras que eu fiz em 1940 já tinham muito interesse na luz e no traço”, recorda.
Outras mãos
A obra que hoje chega às mãos dos admiradores – que, inclusive, poderão ter o título autografado pelo autor – é também fruto do trabalho da jornalista Dora Freitas e da historiadora Sílvia Furtado. Há mais de um ano, elas se debruçavam sobre os rascunhos em ponta de papel feitos pelo artista.
“Tivemos contato com as memórias escritas pelo próprio Sérvulo. Rabiscos em que ele mesmo fala sobre sua obra”, conta Dora Freitas. A partir dos achados nas caixas e gavetas do ateliê do artista, A linha e a luz foi
se desenhando.
“Esse livro é o Sérvulo por ele mesmo. É uma espécie de autobiografia”, destaca Dodora Guimarães, que há mais de 30 anos compartilha os dias com o homenageado de hoje. A esposa foi responsável por digitalizar os textos e desenhos do artista. “Esse material é muito rico para os pesquisadores, para a história da arte”, analisa, ressaltando que o livro objetiva, principalmente, destacar o desejo de Sérvulo em conectar sua obra
com a cidade.
SAIBA MAIS
Obras públicas
Entre obras famosas de Sérvulo espalhadas por Fortaleza estão: Monumento ao Saneamento Básico, na Praia do Náutico; Quadrados, no Campus do Pici; Cones na Praça da Sé; Jornal de Aço nos jardins do O POVO.
Serviço
Lançamento de A linha e a luz.
Quando: hoje, das 19h30 às 22h30
Onde: Galeria Multiarte (rua Barbosa de Freitas, 1727 - Aldeota)
Quanto: Entrada franca. (livro custa R$ 100)
Telefone: 3261.1822
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