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HQ. LANÇAMENTO 08/04/2015

Coletivo Seres Urbanos lança antologia sobre história do HQ cearense

Coletivo Seres Urbanos lança amanhã, na Livraria Cultura, o livro que compila quase uma década de fanzines que marcaram a cena underground brasileira dos anos 1990
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Marcos Sampaio marcossampaio@opovo.com.br
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Houve uma época na história da humanidade em que a informação não tinha a velocidade de um clic. Redes sociais, smartphones, tablets e downloads eram cenas de um futuro de cinema. A internet já existia, mas não cabia ainda na palma da mão. Nesse cenário, era preciso dar um jeito e criar espaços para divulgar informações que não entravam na grande mídia. Um dos espaços mais plurais dentro dessa proposta eram os fanzines, pequenas revistas feitas com colagens e ilustrações e reproduzidas em xerox que serviam para divulgar bandas, filmes, eventos e notícias. Na verdade, ainda servem, uma vez que eles circulam pelas cidades e pelo meio eletrônico.

 

No início dos anos 1990, quando o “meio eletrônico” ainda não era uma expressão muito compreensível, um grupo de fanzineiros cearenses fez história em Fortaleza com um trabalho pautado pelo cinismo, bom humor e criatividade. Ao longo de sete anos, o coletivo Seres Urbanos produziu eventos, desenhou quadrinhos, realizou exposições e editou dezenas de fanzines. Uma seleção especial desse material está reunida no livro Seres Urbanos – Antologia do quadrinho underground cearense (1991 – 1998), que será lançado amanhã na Livraria Cultura. O trabalho também rendeu o convite para uma exposição no Sobrado Dr. José Lourenço, prevista para iniciar em 25 de abril.


Formado pelos artistas gráficos Weaver, Lupin, Elvis, Kaos, Mychel, Galba e Marcílio, o Seres Urbanos teve sua gênese numa oficina de quadrinhos oferecida pela Universidade Federal do Ceará no final da década de 1980. Foi ali que Weaver e Marcílio se conheceram e perceberam interesses comuns em rock, cinema, graffiti, skate e outros assuntos. Com isso, nasceu o fanzine Seres Urbanos do grupo que se chamaria Paranóide. Depois de inverterem os nomes, a turma foi crescendo junto com o trabalho. “Começamos sem interesse de dinheiro. Nós sabíamos que tinha uma rede de fanzines no Brasil porque revistas como Chiclete com Banana e Animal divulgavam essa cultura underground”, lembra Weaver, acrescentando que a sorte também deu um bom empurrão no trabalho deles.


Na mesma época que o Seres Urbanos nasceu, abriu em Fortaleza a Copiadora Hoje, primeira gráfica rápida a oferecer qualidade de xerox. De tanto irem lá imprimir material, o dono do estabelecimento os convidou para ocuparem uma sala vazia em troca de trabalhos gráficos. Batizada de Estação Gráfica Seres Urbanos, a sala ofereceu condições para que o grupo se destacasse na cena underground local. Daí, eles passaram a ser a voz dos roqueiros, tatuadores e grafiteiros da cidade. Com muita acidez e comédia, eles brincavam com assuntos sérios como o vazio da juventude, o consumismo

e a tecnologia.


Ao longo dos sete anos de duração daquele núcleo, surgiram convites para exposições no Museu de Arte da UFC, uma página do O POVO e uma publicação sobre a nova cena roqueira nacional, que tocava com frequência na Barraca Biruta. Certa vez, eles foram convidados para pintar o fundo do palco para um show do Planet Hemp. A banda chegou dizendo que já tinha um palco pronto mas, quando o vocalista Marcelo D2 viu o trabalho dos cearenses, guardou o que tinha trazido.


Segundo Weaver, a cada novo trabalho, surgiam mais convites. Ainda assim, chegou a um ponto em que decidiram parar. A Copiadora Hoje fechou, eles perderam a sala e cada um foi seguindo seu rumo. Na mesma época, os fanzineiros começavam a migrar para os blogs e a cena mudou. “Atualmente, os zines de papel estão voltando, mas tem muito o caráter da artesania, do trabalho feito a mão”, diz o artista que, junto com os outros Seres, teve que fazer um trabalho de arqueologia para reunir o material relançado no livro dedicado a Kaos Filho, falecido em novembro de 2014. Outra ausência sentida nesta antologia é a de Sebastião Ponte, autor do fanzine Mutante Visionário, que foi convidado para escrever a apresentação, mas não conseguiu por conta de um problema de saúde. No lugar onde deveria vir o texto, ficou o espaço em branco com a promessa de ser preenchido numa próxima edição.

 

SERVIÇO

 

Seres Urbanos – Antologia do quadrinho underground cearense (1991 - 1998)

Autores: Weaver, Lupin, Elvis, Kaos, Mychel, Galba e Marcílio

Quando: quinta-feira, 9, às 19h

Onde: Livraria Cultura (Av. Dom Luís, 1010 – Aldeota)

Quanto: R$ 40

Telefone: 4008.0800

> TAGS: hq seres urbanos
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