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QUINTA ACÚSTICA. SHOW 21/01/2015

As cantoras Adna Oliveira e Luiza Nobel fazem show de black music hoje

As cantoras Adna Oliveira e Luiza Nobel fazem releituras de grandes sucessos do samba e do jazz brasileiros no show Pérolas Negras
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PAULA YEMANJÁ/DIVULGAÇÃO
A cantora carioca Adna Oliveira encontra a cearense Luiza Nobel para show em celebração à música negra
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A mistura de black music com jazz e samba, ao som de duas vozes femininas de gerações distintas, promete encantar o público do Teatro Sesc Emiliano Queiroz, na noite desta quinta-feira, 22. As cantoras Adna Oliveira e Luiza Nobel sobem ao palco, às 20h, e apresentam o show Pérolas Negras, do projeto Quinta Acústica. As artistas farão releituras de grandes nomes da música nacional que reverenciam o samba-rock e samba-funk, como Tim Maia, Elza Soares, Alcione, Luiz Melodia e Sandra de Sá.


“A diferença de idade entre nós duas só contribui para tornar o show mais rico e é essa pluralidade que queremos para o Pérolas Negras”, destaca a carioca Adna, 57. No último sábado, as duas se apresentaram em um barzinho da Capital, onde receberam grande apoio do público. “Nossas vozes e interpretações se complementam e essa mistura foi bem aceita pelas pessoas, pois a música de raízes negras tem esse poder de união e contemplação”, lembra Luiza, 21.


O Pérolas Negras surgiu de uma aproximação das duas cantoras após participarem da adaptação de um musical da Disney, em 2012, em que interpretavam a trilha sonora do filme Rei Leão. “A gente cantava no Conservatório Alberto Nepomuceno e, após o espetáculo, as pessoas ficaram cobrando da gente uma apresentação de samba e MPB, que só aconteceu no ano passado”, lembra Adna.


Back to black

Adna cresceu ouvindo as músicas de Tim Maia e Elza Soares no Rio de Janeiro. Quando veio para o Ceará, há 25 anos, trouxe as influências do jazz reinventado por Tim e uniu ao samba de Sandra de Sá e Luiz Melodia. “Há mais de 30 anos trabalho com essa junção de ritmos e sons criados pelos negros e que até hoje resistem ao tempo”, destaca a artista. Sua paixão por Elza Soares a fez compor o espetáculo Um Show de Redenção Para Elza, em novembro do ano passado, em comemoração ao Dia da Consciência Negra.

 

Foi no pátio da escola que Luiza fez o seu palco, onde cantava nas festas comemorativas. Há cinco anos, ela decidiu que poderia ir além e, então, começou a cantar em barzinhos da cidade. “A música popular brasileira é a minha maior influência, principalmente na voz da Maysa, que escuto desde pequena”. Atualmente, ela canta na banda Luiza e a Casa dos 30, em que trabalha com músicas de sua autoria e releitura de outras canções.


Parafraseando Sandra de Sá, Adna justifica que “todo brasileiro tem sangue criolo”, por isso há uma identificação tão forte com o jazz e o soul que vieram dos Estados Unidos. “A diferença é que o sentimento de lamento do jazz americano se reveste de alegria e de superação no Brasil, por isso que deu tão certo com o povo brasileiro”.


A cantora destaca que a black music carrega em sua essência o combate aos preconceitos e ao racismo que ainda existem. “Há um valor humano nas músicas de raízes africanas que é a libertação”. (João Paulo Freitas - Especial para O POVO)

 

SERVIÇO

 

Show Pérolas Negras

Quando: Amanhã, 22, às 20h.

Onde: Teatro Sesc Emiliano Queiroz (Av. Duque de Caxias, 1701 - Centro).

Quanto: R$ 6 (inteira).

Duração: 70 minutos.

Telefone: 3452 9090.

 

SAIBA MAIS

 

O projeto Quinta Acústica é uma idealização do Sesc e recebe artistas de vários gêneros musicais para apresentações semanais, no Teatro Emiliano Queiroz. A iniciativa busca incentivar os artistas e disseminar a arte da música. Já contribuíram com o projeto o cantor de forró e xote João Mamulengo, Moacir Bedê e a cantora e compositora Lídia Maria.

 

> TAGS: música
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