[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Instituto do Ceará para todos | O POVO
INSTITUTO DO CEARÁ 09/06/2013

Instituto do Ceará para todos

No acervo do Instituto do Ceará, há livros do século XVI, fotografias e documentos históricos, mapas e jornais raros. A nova diretoria quer dar mais visibilidade para as preciosidades da instituição e aproximar as pessoas
notícia 6 comentários
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Alan Santiago alan@opovo.com.br
Deyvison Teixeira
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O Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico), fundado em 1887 e ocupando o palacete Jeremias Arruda, no Centro de Fortaleza, ainda passa despercebido. Espremido entre lojas e um estacionamento, quem trabalha ali perto nem enxerga a escada que leva ao andar superior, as paredes amarelas, as grades do portão, a placa com o nome da instituição. O Instituto, uma sociedade civil sem fins lucrativos e pautada pela ciência e pela cultura, parece continuar lugar, de certa maneira, impenetrável às pessoas comuns.


A nova diretoria, que assumiu a direção da instituição no mês passado para o biênio 2013-2015, quer mudar essa realidade. Recentemente empossada sócia fixa do Instituto e já 2ª vice-presidente, a professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Angela Gutiérrez, destaca que “o acervo decorativo, mobiliário e artístico do Palacete Jeremias Arruda, sede do Instituto, e o Memorial Barão de Studart já são abertos à visitação pública”.


A ênfase do novo presidente, o professor Ednilo Soarez, agora é na visibilidade e “consequente maior aproximação dos habitantes da cidade com a instituição, propondo várias ações e atividades que propiciem essa integração: convite a escolas e colégios para visitas ao Memorial, concurso sobre o Portal do IC, maior divulgação do programa de conferências do Instituto, entre outras”, pontua ela.


Só com visibilidade e com a presença das pessoas a instituição poderá superar um problema que, embora já tenha sido pior, ainda preocupa. As contas que não fecham. Um déficit mensal de R$ 5 mil impede políticas mais amplas que poderiam ser executadas. “É um círculo vicioso”, diz acreditar o presidente.


Apesar disso, sempre há pesquisadores visitando a biblioteca ou a hemeroteca. “Até os anos 1970 e 1980, havia reação de dizer que o Instituto era positivista. Hoje já há uma aproximação maior. Mas deveria ser mais explorado. Temos um acervo riquíssimo”, aponta o professor Gisafran Jucá, do Departamento de História da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e também sócio do Instituto.


Digitalização

Mas, desde a gestão do escritor Eduardo Campos (2003-2007), passando por José Augusto Bezerra (2007-2013), o Instituto tem tentado deixar mais visíveis suas potencialidades. Digitalizou todos os exemplares da Revista do Instituto, os documentos do Barão de Studart, grande parte do acervo documental, todo o material iconográfico, parte dos jornais e a coleção do Almanach do Ceará. Alguns desses elementos estão, inclusive, no portal do Instituto; outros – como os elementos do fundo do Barão – podem ser adquiridos em DVD e livro.

 

Mas, num mundo de pelo menos 60 mil documentos manuscritos, outra grande parte ainda precisa de trabalho de catalogação e digitalização. “Um dos nossos objetivos é digitalizar essa parte de manuscritos e jornais. São dois fundos muito consultados, e o manuseio, com uso contínuo, desgasta. Uma das metas é a questão da salvaguarda do patrimônio imaterial, com uma politica de planos que visem à preservação desses originais”, afirma a diretora administrativa Marinez Alves.


Para isso, o Instituto precisa de parcerias que garantam investimentos. Caso contrário, as correspondências do historiador Capistrano de Abreu, por exemplo, podem continuar inéditas, encerradas dentro de um acervo distante. Ou os vários arquivos ainda não catalogados, onde certamente há preciosidades históricas.


Mas o que há nesse acervo que merece ser descoberto pelo olhar cearense? É o que o Vida&Arte Cultura de hoje investiga. O passeio é entre prateleiras de livros do século XVI, imagens de visitas presidenciais, documentos de capitães-mores, imagens de flagelados da seca, competições de salto no Passeio Público, enfim, vários caminhos, inúmeras possibilidades de nossa própria história.

 

35

mil volumes compõem o acervo, incluindo as bibliotecas de Capistrano de Abreu e Barão de Studart

 

5200

cartas do historiador Capistrano de Abreu estão a disposição para pesquisa

 

SERVIÇO

 

Biblioteca, arquivo, hemeroteca e laboratório

Abertos de segunda à sexta

Horário: 8h às 12h e das 13h às 17h

 

Museu Barão de Studart

Aberto terças e quintas

Horário: 8h30min às 11h30hmin e das 13h30min às 16h30min (para público individual)

Para visitas de grupo a partir de 10 pessoas, precisa ser agendado antes.

Preço: R$ 2.

 

Livraria

Aberta de segunda à sexta

Horário: 8h às 12h e 13h às 17h

Contato: (85) 3021 7559

 

Saiba mais


No Instituto, são 40 vagas para sócios vitalícios, das quais 38 estão ocupadas.


Eles se dividem em comissões responsáveis por peneirar o currículo dos novos membros candidatos ou estimular diferentes áreas do conhecimento como História e Antropologia dentro da instituição.


Os sócios comunicam-se periodicamente e reúnem-se nas conferências mensais programadas com antecedência.

 

> TAGS: instituto do ceará
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espaço do leitor
Jorge 01/10/2015 11:55
Usar a expressão IMATERIAL , acho estupidez
Fátima Lima 09/09/2013 13:42
Como pode alguém julgar uma fala de um gestor para uma matéria impressa diante de tanta riqueza de informações sobre um trabalho que é prestado com maestria! parabéns a gestão administrativa da instituição e ao jornal pela matéria maravilhosa!
Igor 05/09/2013 15:13
Excelente espaço, exemplo de zelo e dedicação a cultura cearense!
Ana Siqueira 10/06/2013 10:20
Alguém só deveria corrigir a fala da diretora administrativa, pois chamar de patrimônio IMATERIAL um acervo rico em documentos é de uma ignorância absurda.
Zé Bob 09/06/2013 17:55
A destruição de casarões antigos e a constatação, só agora, do Instituto do Ceará de que deve abrir seu acervo, mostra o atraso que vivemos.
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