[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Clébio Viriato e Lilia Moema finalizam documentário sobre mãe Zimá | O POVO
Cinema 15/03/2013

Clébio Viriato e Lilia Moema finalizam documentário sobre mãe Zimá

Em processo de conclusão, o documentário-ficção Mãe de Santo, teu nome é Zimá, produzido por Clébio Viriato e dirigido por Lilia Moema, narra a história da ialorixá que há 55 anos dedica sua vida à umbanda
DIVULGAÇÃO
Haroldo Serra em cena
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O cinema brasileiro encontrou no tema religioso uma fonte inspiradora para várias de suas produções recentes. Do acesso à literatura espírita através de filmes que obtiveram sucesso de público e crítica, à umbanda explorada em filmes como O Besouro, Xangô de Baker Street, O Cordão de Ouro e O Amuleto de Ogum.


Atualmente, uma produção cearense se encontra em processo de conclusão: o documentário-ficção Mãe de Santo, teu nome é Zimá, que narra a história da mãe-de-santo que há 55 anos dedica sua vida à umbanda. Produzido por Clébio Viriato e com direção de Lilia Moema, o longa deve ser finalizado até o final do segundo semestre.


A vida de Zimá Ferreira da Silva se confunde com a história da umbanda no Ceará. Aos 66 anos (67 a serem completados em abril), Mãe Zimá se dedica há mais de meio século à religião. As giras, as oferendas, os cantares e a culinária fazem de seu terreiro, no bairro Parque São Vicente, local de reunião de várias gerações. Filhos dos filhos de santo levam seus amigos e, em cascata, uma imensa rede se entrelaça.


Foi assim que o produtor cultural Clébio Viriato e a cineasta Lilia Moema tiveram seus primeiros contatos com a umbanda. Ele, porque procurou auxílio para a mãe acometida por uma doença que os exames e as visitas médicas não conseguiam explicar. Enquanto Lilia, ao ser convidada por uma amiga a filmar as atividades de um pai de santo, veio depois a descobrir ser ele quem orientou os caminhos de Mãe Zimá. A curiosidade gerou o fascínio e, daí, o interesse em transpor para o vídeo a vida e a cultura dos terreiros.


Há seis anos, e com recursos próprios, a dupla de cineastas deu início às filmagens do documentário Mãe de Santo, teu Nome é Zimá, projeto que veio sendo acalentado no tempo possível. “A gente poderia ter finalizado no mesmo ano, mas queríamos que a presença do tempo fosse um personagem do filme”, diz Clébio. Então surgiu a ideia de reconstituir três importantes momentos da vida da mãe de santo e transformar o filme em um doc-ficção. As filmagens com o elenco aconteceram em Maranguape na última semana.


Adentrar o terreiro, ver Mãe Zimá despir-se de seu espírito e receber entidades outras. Para filmar a umbanda de perto, o desafio é diário, atesta Viriato. Conquistar confiança e criar intimidade eram mais do que necessários para que câmeras, tripés e rebatedores participassem dos rituais.


Confiança

“Na hora dos trabalhos, da incorporação, filmar é uma invasão. A gente precisava criar confiança. E não iríamos filmar os rituais para denegrir a imagem da umbanda, muito pelo contrário”, defende Lilia. “Mas a gente entrou demais”, reconhece Clébio. “De estar lá dentro, mudar a ambiência da gira, tirar as telhas para melhorar a luz. Por isso tem muita coisa que escolhemos não incluir no filme, porque a gente quer mostrar uma coisa positiva da umbanda”.

 

A direção de fotografia, assinada por Jane Malaquias, seguiu orientações bem precisas.“A gente sempre pensou em fazer um filme que desmistificasse aquela coisa escura, que já existe no imaginário das pessoas. Por isso, optamos por uma fotografia clara, de muita luz. A umbanda é uma religião que prega a cultura da paz. Trabalha com os elementos da natureza. Sua desvirtuação é outra coisa”, defende Clébio.


Com roteiro de Majô de Castro e direção de arte de Nilsinho Santiago, Mãe de Santo Teu Nome é Zimá traz um elenco que reúne atores de experiência como Haroldo Serra, Antonieta Noronha, Sidney Souto, Paula Yemanjá e Hiroldo Serra. As crianças também possuem alguma experiência com a linguagem, tendo passado por cursos de formação como o projeto Crescer com Arte, do bairro Conjunto Palmeiras.


Financiado por recursos do Fundo Estadual de Cultura (FEC) e Banco do Nordeste, o filme vem sendo realizado pela Associação de Cinema e Vídeo de Quixadá, a Cabeça de Cuia Filmes, Mungango Produções e Red Line Films, do Rio de Janeiro. A intenção é de que o doc-ficção fique pronto no segundo semestre e passe pelos circuitos de cinema e televisão.

 

Elisa Parente elisa@opovo.com.br
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