[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Você conhece Raimundo Camilo? | O POVO
18/11/2012

Você conhece Raimundo Camilo?

ELE É CEARENSE, tem 77 anos, é esquizofrênico. Cria cédulas delirantes em papel e caneta. As obras estão expostas e valorizadas em galerias nacionais e internacionais. Raimundo Camilo viveu desde 1958 em hospícios e, há apenas sete meses, reencontrou a família
Exclusivo: desenho feito por Raimundo Camilo durante a conversa com equipe do O POVO, em sua casa, em Crateús
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Cláudio Ribeiro

claudioribeiro@opovo.com.br

Demitri Túlio

demitri@opovo.com.br

ENVIADOS A CRATEÚS


Esta reportagem é uma apresentação formal ao Ceará de um ilustre artista cearense. Desconhecido de seus conterrâneos, é notabilizado em museus e galerias de arte na França, Inglaterra, Áustria, Rio de Janeiro e Paraná. Mas nem ele mesmo sabe bem disso.


Raimundo Camilo de Sousa tem 77 anos e, por pelo menos 54, viveu em delírio solitário, internado em hospícios. Ele tem diagnóstico de esquizofrenia. No seu mundo, criou obras brilhantes. Inventou um dinheiro particular. E este ano, após perdido tanto tempo nos fragmentos de sua própria memória, reencontrou a família.


É importante, antes de descrever suas criações artísticas, contar a história de sua (des)biografia de vida. Raimundo nasceu em Ipu e foi criado em Crateús, pelo pai Vicente e a mãe Maria da Natividade. Com os irmãos Moisés, Expedito, Maria, Sebastiana, De Lurdes e Francisca. Um dia, em 1956, nas dificuldades da família, o sonho foi ir para o Rio de Janeiro. Moisés e Expedito também foram. Ninguém mais se viu nem voltou.


Dois anos depois de chegar ao Rio, Raimundo deu entrada no primeiro hospício. Teve alta em 1961, mas voltou no mesmo ano. E em 1964 foi transferido para o segundo, a Colônia Juliano Moreira. Lá, viveu por 46 anos, até abril de 2012. Foi contemporâneo de outro paciente famoso na arte bruta, o indescritível Arthur Bispo do Rosário.


Num grande acaso, que você conhecerá nas páginas a seguir, Raimundo voltou aos seus. Está morando novamente com a irmã Francisca, em Crateús. No meio disso, a denúncia de que sua arte - de cédulas imaginárias, de papel e canetadas - está indo para fora do País e comercializada sem que a família ganhe nada por isso.

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