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16 minutos e um prestígio que não tem tamanho.O curta-metragem Odete, dirigido pelo cearense Ivo Lopes Araújo em parceria com a mineira Clarissa Campolina e o carioca Luiz Pretti, acaba de entrar para a privilegiada lista de premiados do Festival Internacional de Curtas de Oberhausen, realizado na Alemanha. A produção filmada no Centro de Fortaleza foi a vencedora do prêmio Juri Ecumênico da 58º edição do festival, considerado o mais antigo e um dos mais importantes da categoria.
Foi nele que nomes hoje apontados como gigantes da cena cinematográfica, tais como Martin Scorsese, Roman Polanski e Werner Herzog, revelaram as suas primeiras produções. Neste caso, Odete não é o primeiro trabalho de nenhum de seus diretores, mas foi a estreia deles na premiação internacional. “Oberhausen, em especial, é um festival que sempre me chamou muita atenção por sua história, tradição e curadoria, que preserva um diálogo com as artes visuais de uma maneira mais ampla do que a maioria dos festivais de cinema”, conta Clarissa Campolina, que, agora anda somando prêmios com o seu primeiro longa, Girimundo.
Odete foi selecionado entre mais de seis mil inscritos. Ao longo de seis dias, o festival exibiu mais de 470 filmes de cerca de 50 países. Único cearense figurando entre os diretores no festival, Ivo Lopes aponta a boa amarração do enredo do filme como um possível motivo para a escolha dos jurados. “Acho que Odete integra bem uma forma e os sentimentos em torno da história e dos personagens. Daí, vem sua força”, comentou o diretor, por e-mail, ainda de terras alemãs.
Pré-produzido em cinco dias e rodado em mais quatro, o curta trata do ápice de uma difícil relação entre uma mãe e uma filha. “Não existe um único lugar de onde surgiu o roteiro, mas, sim, uma serie de pequenos fatos e sentimentos que a vida deixou em mim. A música da Beth Gibbons, a literatura de Dostoíevski e Kafka, ser filho, ter filhos, a vontade de entender e aprender com os momentos mais difíceis por mais dolorosos que eles sejam”, conta Ivo Lopes.
Nova geração
Esta não é a primeira vez que os coletivos Alumbramento, do qual fazem parte Ivo e Luiz Pretti, e o mineiro Teia, de Clarissa, tecem uma parceria. O trabalho em conjunto já pode ser visto no filme do Sérgio Borges, O Céu Sobre os Ombros, do qual Ricardo Pretti e o Ivo Lopes participaram. Ivo também fotografou A Falta que me faz, de Marília Rocha, e Girimunho, longa de Clarissa em parceria com Helvécio Marins Jr. “Essas trocas e parcerias se deram naturalmente, por uma afinidade estética, uma admiração pelo trabalho e pela amizade. Pela primeira vez, realizamos um filme em que a parceria se dá na direção. Foi um aprendizado grande, tivemos conversas intensas ao longo do processo e um respeito muito grande com a opinião e forma de trabalhar do outro”, ressaltou Clarissa.
A ideia agora é dar continuidade ao trabalho apenas iniciado com Odete. “Gostaríamos muito de juntar essa equipe novamente para a realização de um projeto que é uma continuação desse personagem que criamos juntos. Já começamos a trabalhar e nosso desejo é que esse filme aconteça o mais rápido possível”, revelou Ivo. É esperar para assistir.
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