[an error occurred while processing this directive] O inferno de Babenco | O POVO
25/03/2003

O inferno de Babenco

Vai ser o primeiro grande lançamento do cinema nacional em 2003. Carandiru chega às telas dia 11 de abril, mas o diretor Hector Babenco e alguns atores já estão percorrendo o País para divulgar o trabalho. Fortaleza foi uma das cidades visitadas
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Patrícia Karam


da Redação


São 25 personagens em cena - fora as 17 participações, que incluem Rita Cadillac, eterna musa do presídio. No que diz respeito à homogeneização, esse mosaico de personagens deixa a desejar e talvez esse seja o principal problema de Carandiru, oitavo longa-metragem do cineasta argentino, radicado há 30 anos no Brasil, Hector Babenco. O filme adapta para as telas o best-seller Estação Carandiru, do médico oncologista Drauzio Varela, que fez trabalho voluntário na Casa de Detenção de São Paulo, entre 1989 a 2002 - ano em que o presídio foi implodido. O livro foi publicado em 1999 e Drauzio contou as ''crônicas sobre formas de viver e morrer'' que testemunhou durante seus primeiros dez anos no local. O momento mais dramático na obra é o relato do massacre ocorrido em outubro de 1992 e que deixou o saldo de 111 presos mortos.

Ao escrever o roteiro, Babenco e os escritores Victor Navas e Fernando Bonassi reservaram, como era de se esperar, a recriação do massacre para o final do filme. A crueza com a qual Babenco mostra as cenas - reforçado pelo trabalho sempre brilhante do diretor de fotografia Walter Carvalho - é o melhor de Carandiru. Mas a sintetização das centenas de personagens do livro em arquétipos do grupo social do presídio não funciona. Há histórias fortes. A dos amigos de infância Zico (Wagner Moura) e Deusdete (Caio Blat), que acaba em tragédia por causa das drogas, é uma delas. E até momentos mais leves, a exemplo do traficante Majestade que tenta administrar uma vida dupla com duas mulheres. Outros personagens, no entanto, deixam a desejar. É o caso do médico, interpretado por Luiz Carlos Vasconcelos, que o próprio Babenco reconhece não ter conflito dramático.

Na semana passada, Babenco e os atores Luiz Carlos Vasconcelos, Milton Gonçalves e Maria Luísa Mendonça estiveram em Fortaleza para a pré-estréia de Carandiru. Foi a primeira exibição do filme no Brasil. Babenco falou do filme e da sua relação com Drauzio, que é seu médico particular e acompanhou, por dez anos, a luta do cineasta contra um câncer linfático. A seguir, trechos da entrevista coletiva concedida pela equipe.

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