Iniciativa bonita mas, até alguém ser assaltado ou sofrer um acidente com carros e motos correndo por aí, avançando sinais.
"Vou pra rua"
09/01/2014
Grupo realiza passeio noturno
Caminhada "Vou pra Rua" reuniu cerca de 80 pessoas na noite de ontem para passeio pelas ruas da Aldeota. Segundo organização do evento, objetivo é "trazer as pessoas de volta para as ruas"
Liana Costa
cotidiano@opovo.com.br
LIANA COSTA
Na noite de ontem, o grupo fez trajeto entre a Praça Portugal e o polo gastronômico da Varjota
Um grupo de cerca de 80 pessoas se reuniu, na noite de ontem, para um passeio noturno pelas ruas de Fortaleza. Com o nome de “Vou pra Rua”, a caminhada, organizada pelo Movimento Viva Fortaleza, saiu por volta das 20 horas da Praça Portugal, na Aldeota, e seguiu um roteiro pelas ruas do bairro até o polo gastronômico da Varjota. Objetivo, segundo organização do evento, é “trazer de volta as pessoas para as ruas e resgatar a cidade para os seus cidadãos”.
“Queremos tornar a cidade mais convidativa ao passeio, porque somente pela perspectiva do pedestre e do ciclista você consegue viver uma cidade, interagir com ela, fazer leituras e ter a possibilidade dos encontros”, disse o idealizador do Movimento Viva Fortaleza, o empresário Paulo Angelim. Segundo Paulo, a intenção é que o evento torne-se semanal e explore roteiros diferentes, discutindo os aspectos históricos, culturais e sociais de cada bairro.
Trajeto
Na noite de ontem, o passeio, que durou cerca de uma hora, percorreu grandes avenidas e vias menores em um horário de grande fluxo de veículos. Pelo caminho, calçadas estreitas ou danificadas, estacionamentos irregulares e motoristas que insistiam em não obedecer a faixa de pedestres.
“Fortaleza ainda precisa evoluir mais para o pedestre. Infelizmente, a Cidade não oferece condições”, comentou o analista de sistemas Cláudio Joventino, 44 anos, enquanto caminhava ao lado da esposa, Cristina, 40, e das filhas Maria Clara, 12, e Maria Júlia, 9.
No papel de pedestre, a advogada Giselle Ribeiro, 41, concluiu: é necessário que o fortalezense vivencie os problemas da Capital. “Isso é uma descoberta da Cidade, na realidade, pra gente que só anda de carro. É um início para tirar o medo das pessoas” avaliou.
A quantidade de pessoas que aderiu à caminhada deu segurança para que as amigas Dilma Silveira, 53, e Edal Costa, 64, “redescobrissem Fortaleza”. “Nós vivemos enfurnados em casa, com medo. Fazia tempo que eu não passeava pela cidade. Em Fortaleza, você acaba se surpreendendo”, afirmou Edal. “Caminhando assim a gente tem uma sensação de liberdade. Vou voltar no próximo, com certeza”, completou Dilma.
Serviço
Evento “Vou pra Rua” no Facebook:
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Danilo Ramalho
09/01/2014 13:23
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