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Em sessão histórica que entrou pela madrugada, o Senado Federal iniciou ontem discussão sobre a admissibilidade do pedido de impeachment de Dilma Rousseff na Casa. Confirmada tendência de aprovação folgada do pedido, Dilma será afastada já nas próximas horas e Michel Temer (PMDB) pode ser empossado ainda hoje como presidente interino da República.
Articulado nas últimas semanas, governo Temer toma posse com promessa de composição mista – unindo velhos conhecidos do petismo e nomes emblemáticos da oposição –, conservadora e, com exceção da área econômica, predominantemente política. São cotados ex-ministros de FHC, Lula, Dilma e até lideranças de partidos opositores, como PPS, PSDB e DEM.
Baseado na “Ponte para o Futuro”, documento com propostas de Temer para superar a crise, se espera governo mais marcadamente liberal, com promessa de corte de gastos, concessões de bens públicos, fim de desonerações e revisão de leis trabalhistas e tributárias. A equipe será comandada por Henrique Meirelles, que já planeja ações de curto prazo para “choque psicológico” no mercado.
Se na economia o vice garantiu equipe mais técnica, em outras áreas o governo terá que responder às expectativas de diversos partidos pelo poder. A própria promessa de corte de ministérios, inicialmente prevista para mais de doze baixas, deve terminar, após pressão de partidos aliados, com no máximo dez órgãos extintos ou fundidos.
Poderão ser extintos ou incorporados por outras pastas os cargos de ministro nas Secretarias de Portos, Aviação Civil, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, além de nos Ministérios da Cultura, Ciência e Tecnologia, Esportes, Desenvolvimento Agrário e da Previdência.
Sessão histórica
Com longos discursos de cada parlamentar, sessão já antecipou papel do PT na oposição do novo governo. Caso o Senado aprove o processo, Dilma será a primeira presidente afastada pelo Congresso desde 1992, repetindo Fernando Collor de Mello.
Para ser aprovada, a admissibilidade do impeachment precisa do voto da maioria simples dos presentes. O afastamento resultante tem prazo máximo de 180 dias, mas a expectativa é de que o Senado julgue Dilma pelas pedaladas fiscais e créditos suplementares antes disso.
Hoje senador pelo PTC de Alagoas, Collor fez discurso histórico na sessão do impeachment, mas foi o único senador a não declarar voto. “Chegamos ao ápice de todos as crises, chegamos às ruínas (...) uma nova política precisa se estabelecer, seja qual for o resultado”. (com agências)
SAIBA MAIS
Se sessão de ontem mostrou o papel destacado do PT na oposição da gestão Temer, também teve o PSDB se mostrando como provável principal aliado do novo governo.
Em falas na tarde de ontem, o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), destacou que tucanos irão "correr riscos" e apoiar agenda do governo peemedebista no Congresso Nacional.
“Temer não tem tempo a perder. Ele tem que surpreender positivamente o Brasil e contará com o PSDB ao seu lado. Vamos apoiar essa agenda”, disse.
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