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Exatamente dez anos após a prisão de José Adalberto Vieira da Silva, ex-petista e à época assessor do então deputado estadual José Guimarães (PT), no aeroporto de Congonhas com US$ 100 mil na cueca e mais R$ 209 mil em uma maleta, o chamado “Caso dos Dólares na Cueca” caminha para um desfecho. A Ação Civil Pública, movida pelo Ministério Público Federal, se encontra no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF 5) em fase de análise de “embargos infringentes”, que são o recurso cabível contra acórdão não unânime proferido em apelação ou ação rescisória, dirigido ao próprio tribunal que pronunciou a decisão questionada.
Até o momento, três pessoas foram condenadas: o próprio Adalberto, o ex-presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, e o ex-chefe de gabinete da Presidência, Kennedy Moura. Os três foram sentenciados ao pagamento de multa.
Guimarães, hoje líder do governo na Câmara dos Deputados, não chegou a ser julgado. Em junho de 2012, o Superior Tribunal de Justiça determinou sua exclusão do processo. De acordo com o relator da ação, Benedito Gonçalves, “relação de amizade e companheirismo político e partidário não são o bastante para sustentar a instauração de uma ação de improbidade”.
Versões
Nos meses que se seguiram à prisão de Adalberto, travou-se uma sequência de versões sobre a origem do dinheiro. Inicialmente, seria fruto da venda de melões em São Paulo. Em seguida, o próprio Guimarães afirmou que ele seria usado por Adalberto e outro assessor, José Vicente Ferreira, para a criação de locadora de veículos em Aracati. O dono da cifra seria Kennedy Moura.
Entretanto, mais tarde, foi atribuída por Adalberto a um amigo empresário que nunca foi identificado. “Eu já expus muita gente nessa história”, alegou. Em 2010, desfiliado do PT e à frente de um mercadinho na periferia de Aracati, ele não quis se pronunciar. Sua defesa mantinha a versão e ele seguia tentando reaver o dinheiro apreendido, sem citar quem seria o verdadeiro dono.
Para a Justiça, porém, a história era outra. O dinheiro teria sido entregue ao então assessor como forma de pagamento a Kennedy por facilitar a concessão de uma linha de crédito do BNB à Sistemas de Transmissão Nordeste (STN). Na época, o banco concedeu mais de R$ 300 milhões para a construção de uma linha entre Teresina e Fortaleza. Durante as investigações, a empresa sempre negou a acusação.
O POVO tentou contato com os citados pela Justiça. Guimarães e Smith não se pronunciaram. Adalberto não atendeu às ligações e seu advogado não foi localizado, assim como não o foi Kennedy.
A STN foi contatada à noite, mas as ligações não foram atendidas.
Linha do tempo
8 de julho de 2005
Adalberto Vieira, que embarcava rumo a Fortaleza, foi detido pela Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, com R$200 mil em uma valise e US$100 mil na cueca.
14 de julho de 2005
É descoberto ser de Vicente Ferreira o cheque que pagou a viagem de Adalberto a São Paulo.
José Vicente Ferreira declara que o então assessor especial do BNB, Kennedy Moura, seria o dono do dinheiro, e a intenção seria utilizá-lo para financiar locadora de veículos
19 de julho de 2005
Adalberto diz que o dinheiro foi de um “amigo”, de quem não revela o nome e exime de envolvimento o deputado José Guimarães e ennedy Moura.
Junho de 2010
Por decisão do STJ, Guimarães é excluído do processo15 de novembro de 2014
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