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Defensora das bandeiras de Marina Silva, a candidata ao Senado pelo PSB, Geovana Cartaxo, disse que Marina tem sido vítima de uma “rede de boatos” em sua corrida ao Palácio do Planalto. Para ela, as propostas do PSB têm sido “distorcidas” no que se refere a leis trabalhistas, direitos para homossexuais, e questões ambientais. Para Cartaxo, a queda de Marina na última pesquisa eleitoral se deve a esses ataques. E disse desconfiar das pesquisas.
Assim como Marina, Cartaxo diz buscar uma nova política. Professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), no curso de Ciências Ambientais e Arquitetura, Geovana é, entre os quatro candidatos ao Senado, a que recebeu menos recursos para campanha, com R$ 15,3 mil. Natural de Fortaleza, completou 44 anos na última quarta-feira (17).
Durante a entrevista a TV O POVO, a candidata falou sobre a construção de alianças, as dificuldades de enfrentar a campanha com poucos recursos, e sobre como seriam costuradas as alianças para a realização de um governo com os melhores, acima dos partidos. Cartaxo disse que não houve retrocesso na abordagem do PSB sobre direitos dos homossexuais. E defendeu as bandeiras ambientais da Rede Sustentabilidade. Geovana encerrou ontem o ciclo de entrevistas com os candidatos ao Senado, promovido pelo Grupo de Comunicação O POVO.
Boatos e Marina
Para Geovana Cartaxo a queda da candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, nas ultimas pesquisas de intenção de voto, se deve a uma “rede de boatos” e a “desinformação”. Para Cartaxo, há pessoas e jornais que “fazem questão de fazer leituras absurdas” sobre o programa de governo de Marina Silva. “Há uma rede (de boatos) na Internet, e inclusive foi comprovado, em Brasília, que há manifestantes pagos para fazer confusão nos eventos de Marina. Isso é uma democracia que está carcomida, que precisa de renovação”. No entanto, a candidata ao Senado acredita que isso ocorreu em um primeiro momento e que “a boataria” já está sendo diluída. Além disso, Cartaxo demonstrou desconfiança nas pesquisas.
“Em 2010 diziam que ela (Marina) tinha 10% de votos e ela tinha 20%. Eu acredito que ela agora ganha no primeiro turno.”
Leis trabalhistas
Ainda na linha de que Marina tem sido vítima de uma “rede de boatos”, Geovana Cartaxo disse que não há possibilidade de haver retrocesso em um eventual governo Marina. “Ela falou em flexibilização, mas não há possibilidade de retrocesso. Isso tudo é uma rede de boatos, o que o PT faz muito bem, e são vários os boatos abertos”, disse. “O 13º salário, férias, isso são conquistas que não tem como retroceder, ao contrário. No nosso programa, a gente tem a redução da jornada de trabalho para 40 horas. É possível flexibilizar a jornada de trabalho, mas sem prejudicar os direitos conquistados pelos trabalhadores.” Questionada sobre como se portaria, como senadora, diante de uma proposta de mudança nas leis trabalhistas proposta por Marina, Cartaxo disse que há a possibilidade de, em uma reforma tributária, votar pela desoneração de alguns impostos que o empresário precisa pagar para contratar. “É possível baratear o custo do trabalho. São muitos impostos que incidem na contratação de pessoas.” Sobre a redução da jornada de trabalho, Cartaxo acredita que a medida ajudaria a criar mais emprego e renda no País.Saúde
Contrária ao fim da CPMF, imposto que transferia recursos para Saúde, disse que seu partido defende o uso de 10% da Receita Corrente Bruta do País para financiar a área. Para isso, o PSB propõe a criação do Saúde +10. “A saúde vem perdendo recursos. A atenção básica caiu também, os programas de saúde da família estão abandonados. Queremos criar a carreira de médicos no Interior”.Reforma tributária
Segundo Cartaxo, os recursos para a Saúde, que para ela é “um caos” justamente pela falta de financiamento, seria feito a partir de uma reforma tributária. “A arrecadação no Brasil é muito injusta porque incide no consumo. O que queremos é diminuir os impostos para o consumo”. No entanto, Giovana Cartaxo disse que com essa reforma tributária não haverá aumento de impostos. “Vamos simplificar e ter justiça tributária. Unificar os impostos e direcionar. A gente quer imposto sobre a renda, patrimônio, grandes fortunas. Os mais ricos vão pagar mais, isso resolve muita coisa.” Além disso, a candidata disse que o modelo de reforma tributária serviria também para incentivar a chamada “economia verde”, “para que seja tradado de forma diferenciada os produtos e serviços com maior impacto ambiental”
Alianças
Uma das principais bandeiras da campanha nacional do PSB é a busca por uma “nova política”. Questionada se Marina Silva aceitaria o apoio de Renan Calheiros e de José Sarney (ambos do PMDB), Cartaxo disse que dialogar no Congresso é necessário, mas que isso não implicaria em qualquer tipo de aliança. “Mas tem que perguntar isso para a Marina”, disse. “A gente precisa de pessoas boas para o Brasil. O PT aderiu ao Sarney sem nenhum filtro. Houve um retrocesso, não houve diálogo.” Ao avaliar o PMDB no Ceará, Cartaxo disse que “houve um PMDB bom aqui no início, com uma visão democrática”, mas que a política local é patrimonialista.Nova política
Questionada se o PSB não teria agido conforme a “velha política” ao substituir de última hora a empresária Nicolle Barbosa, então pré-candidata ao governo do Estado pelo PSB, pela deputada Eliane Novais, Cartaxo disse que todos os candidatos demoram a serem definidos e que a decisão foi tomada a partir de pesquisas realizadas à época. “O Eduardo Campos disse com todas as letras, lá no Cariri, que tinha duas pré-candidatas. Ele não chancelou nem o meu nome nem o da Nicolle. E eu disse para ela: não somos candidatas, ele disse que está aberto a nomes.” Cartaxo considera que há uma superexposição do episódio, que já teria sido superado. No entanto, aproveitou a pergunta para criticar Barbosa e os irmãos Ciro e Cid Gomes. “Ela demonstrou a incoerência dela e está apoiando outra candidatura (a de Camilo Santana, do PT, apoiado por Cid Gomes). Cid nunca foi do PSB, nunca fortaleceu o partido aqui e não tinha nenhuma aderência. Estamos renovando o PSB, um partido histórico que sofreu muito com os Ferreira Gomes.”
Partidos
O PSB diz que quer governar com os melhores quadros independentemente do partido. Questionada sobre a dificuldade de por a ideia em prática, Geovana citou o caso do ex-presidente Itamar Franco, “que governava com técnicos e houve governabilidade.
LGBTs
Geovana negou que Marina tenha recuado na defesa aos direitos LGBT em sua proposta de governo. “Só mudou um termo de casamento para união”, afirmou, em referência ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Entrevistas com vices
22/SET
Leonardo Baima(vice de Eliane Novais)
A partir de segunda-feira, a rádio O POVO CBN FM 95.5 inicia entrevistas com os vices dos candidatos ao Governo, Horário: 11 horas
GUÁLTER GEORGE
Editor-executivo do Núcleo de Conjuntura
BRUNO PONTES
Repórter do Núcleo de Conjuntura
NATHÁLIA BERNARDO
Editora-adjunta do Núcleo de Economia
RUY LIMA
A presentador da TV e rádio O POVO/CBN
Multimídia
Veja entrevista completa com a candidata Geovana Cartaxo:
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