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Assim como fez no domingo, durante a convenção estadual do PMDB que homologou sua candidatura ao governo, Eunício Oliveira usou ontem, ao lado de Tasso, a imagem da campanha de 1986, quando o seu agora colega de chapa prometia pôr fim ao ciclo dos coronéis no comando do Estado.
“Ah, se Deus me der a oportunidade de ser parecido com o senhor naquele tempo, de ser a ruptura”, disse Eunício. “Quero ter a chance de copiar o que o senhor fez quando foi governador”.
Eunício condenou a gestão do governo de seu ex-aliado Cid Gomes (Pros) em setores como segurança, educação e saúde - este último gerido por Ciro Gomes (Pros), irmão do governador.
“No Nordeste, a saúde do Ceará só não é pior que a da Paraíba. E em vez de ficarem cuidando da saúde, dão pra família”, afirmou o peemedebista.
Ele reclamou também do que chamou de cooptação de partidos pelo governo, fazendo referência ao PV, que ganhou a presidência do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) em troca do apoio ao candidato de Cid.
“Foi difícil chegar até aqui, porque as pressões foram enormes. Todo dia anunciavam: são 20, 21, 22, 23, 24, 25 partidos (que estão com Cid na disputa eleitoral)”, disse Eunício. “Fizeram de tudo para que o Ceará não tivesse, se Deus quiser, o senador Tasso”.
Agora que sua chapa está totalmente formada, com Roberto Pessoa (PR) na vice e Tasso ao Senado, Cid e seus candidatos “vão ter que suar a camisa”, acrescentou.
“Porque essa é a coligação do bem, que não depende da política para viver”. Ao contrário de “gente que vive da política e nunca teve carteira assinada”. (BP)
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