[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive]
Quando se pergunta a quem conviveu com ela sobre dona Luíza Távora, os elogios são superlativos. Correspondem, segundo os testemunhos, à sua bondade com os mais carentes. Primeira-dama do Ceará nos dois mandatos de Virgílio (1963-66 e 1979-82), Luíza fez caridade desde cedo e até o fim, dentro e fora do governo, e muitos lhe continuam gratos.
“Dona Luíza foi uma mulher irrepetível”, diz o padre Luiz Rebuffini, 82, fundador do Colégio Piamarta, uma das muitas instituições que ela beneficiou. “Todo mundo a chamava ‘a mãe dos pobres’. Pegava o carro oficial e ia às favelas visitar os pobres que necessitassem de uma ajuda imediata. Recebia na casa dela fileiras de pessoas que iam pedir ajuda, conselhos”.
Luíza aprendeu o mandamento da solidariedade com o pai, o teosofista Luiz Moraes Correa. “O vovô achava que quem não vivia para servir não servia para viver. Mamãe seguiu isso desde pequena, muito antes de conhecer o papai”, conta Tereza Maria, 52, filha do casal Távora.
“As pessoas dizem: ‘Ah, isso rendia votos para o Virgílio’. Mas a mamãe sempre foi assim. Lá em casa sempre foi um repositório de todas as pessoas com problemas de todas as naturezas, psicológicos, financeiros, conjugais etc.”.
Quando Virgílio foi nomeado por Juscelino Kubitschek como um dos diretores da Companhia Urbanizadora da Nova Capital, a família se mudou para uma Brasília ainda em construção, onde Luíza reunia amigas para ajudar os cearenses que chegavam buscando emprego e vida melhor na nova cidade e nem sempre encontravam. “Ela dava almoços, merendas”, conta o deputado federal Mauro Benevides (PMDB-CE).
Oportunidade
A eleição de Virgílio ao governo do Ceará deu a Luíza oportunidade de incrementar seu trabalho social com os recursos e a máquina do Estado. No primeiro mandato do marido, assumiu a Legião Brasileira de Assistência (LBA), ajudando a criar os Centros Maternais Profissionalizantes.
No segundo mandato de Virgílio, presidiu o Centro Administrativo de Ação Social e o conselho administrativo da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febemce), entre outras funções na área, contribuindo na urbanização do Morro de Santa Terezinha e o Pirambu e na criação dos conjuntos habitacionais São Miguel, Santa Cecília, Lagamar e Tancredo Neves.
“Frequentemente ela visitava os bairros pobres, de preferência as favelas desassistidas. Ali fazia bons amigos e quase todos a vinham receber quando ela chegava à periferia”, conta o escritor J. Ciro Saraiva.
“Era um contato contínuo com a pobreza. E sempre com um sorriso nos lábios, uma compreensão enorme para os pobres. Eu a admirei como se ela fosse uma santa”, diz o padre Rebuffini.
Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016