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Poucos dias após a ex-prefeita Luizianne Lins (PT) ser condenada pela coação e demissão de terceirizados da Prefeitura para ganhos eleitorais, diversos vereadores de Fortaleza afirmaram ser “velha conhecida” do parlamento a barganha de cargos públicos em troca de apoio político. Difícil, no entanto, é encontrar quem admita ter sido beneficiado pela prática. Entre parlamentares da Capital, impera a máxima do “todo mundo faz, menos eu”.
“Todo mundo fala, a gente escuta muito boato, muito comentário. Isso vem lá do Governo Federal, até a Dilma divide o bolo entre partidos nos ministérios”, diz John Monteiro (PTdoB), que admite já ter escutado comentários sobre a existência de “grades” de vereadores para indicação de terceirizados na Prefeitura. Ele, no entanto, nega veementemente se beneficiar da prática. “Eu nunca precisei, nem quis. Nem meu pai, nem minha mãe, nem esposa, nem ninguém tem vínculo nenhum com gestão”, afirma.
A fala de John Monteiro foi semelhante ao discurso da maioria dos vereadores presentes na sessão de ontem da Câmara Municipal - a primeira após ser revelada a condenação da ex-prefeita. “Acho que é parte da política, para os governos tentarem ficar com o apoio de partidos. A própria Dilma tentou convencer Eunício Oliveira (PMDB) a não se candidatar ao governo do Ceará, oferecendo um ministério em troca”, afirma Ziêr Férrer (PMN) - que afirma“jamais” ter indicado servidores na Prefeitura.
Massa de manobra
Em sua decisão, o juiz eleitoral Josias Menescal “lamentou” o uso da máquina pública como “massa de manobra” e pediu que a Polícia Federal investigue a alegada existência das “grades” de vereadores na Prefeitura.
Apesar de admitir a existência do controle de terceirizados por “qualquer governo”, o ex-líder de Luizianne, Ronivaldo Maia (PT), nega coação ou demissão desses servidores. “Muita gente ligada a vereadores que atacavam a Luizianne continuaram na gestão até o final do governo”.
Saiba mais
Casimiro Neto (PP) “Todo governo tem cargos indicados, seja em secretarias ou o que for. E é natural que, nesses casos, se conte com uma parceria de quem indicou. Só não pode virar moeda de troca (...) eu não tivesse esse privilégio de indicar ninguém”
Antônio Henrique (Pros) ‘Naturalmente tem sempre pessoas que pedem oportunidade à gente, mas não é nada que fique amarrado, que fique como agrado a vereador A, B ou C. Comigo isso não aconteceu, mas boatos todos nós ouvimos, no geral”
Ronivaldo Maia “Existe indicação política sim, o Roberto Cláudio mesmo tem. Porque diabos vai negar? Agora, nunca ninguém foi demitido por apoiar quem quer que seja”
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