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O deputado Heitor Férrer (PDT) usou a primeira sessão plenária da Assembleia Legislativa em 2014 para criticar o governo pela verba gasta com a Coordenadoria de Políticas sobre Drogas em 2013: R$ 722,9 mil. “Menos do que quatro Hilux em todo o ano”, reclamou Heitor. Deputados governistas reagiram afirmando que a política contra drogas não se resume à coordenadoria, sendo desenvolvida por diferentes secretarias, como as de Educação e Saúde.
Como mostrou O POVO na última sexta, do total da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014, que prevê despesas de R$ 21,3 bilhões para todas as áreas do Estado, apenas R$ 1,3 milhão foi reservado para o Programa de Enfrentamento às Drogas, rubrica que reúne ações de várias secretarias.
O governador Cid Gomes (Pros) criou a pasta de Políticas sobre Drogas no fim de 2012, para a qual nomeou Socorro França, ex-procuradora-geral do Estado.
Segundo Heitor, Cid, mesmo sabendo que grande parte dos crimes de homicídio tem relação com drogas, não deu prioridade ao assunto. “Tanto é que no penúltimo ano resolveu criar um setor no Estado, colocou a doutora Socorro França para dirigir, mas reservou apenas 0,1% do orçamento para tratar de uma área extremamente importante e difícil”, disse Heitor.
Segundo o líder do governo, José Sarto (Pros), Heitor se engana ao considerar os números. “O deputado fez uma avaliação completamente ou equivocada ou tendenciosa. Ele analisou que o que o governo gasta no combate às drogas é o que está na rubrica da coordenadoria especial”, disse Sarto.
Prevenção e combate
O líder do governo afirma que o Executivo gastou em 2013 mais de R$ 200 milhões em política de prevenção e combate a droga. A política de combate às drogas no estado é intersetorial. Todas as secretarias têm um braço que atua na prevenção e no combate a droga. A de Educação promove palestras e programas especiais. A da Saúde aumentou o número de comunidades terapêuticas conveniadas, de 60 para 200. A de Esporte tem o programa Segundo Tempo”, citou Sarto.
Mauro Filho (Pros), ex-secretário estadual da Fazenda, afirmou que Heitor não observou direito os investimentos do Estado. “A assessoria do Heitor o fez divulgar a rubrica de somente uma coordenadoria, como se fossem apenas aqueles valores gastos para este trabalho. Não se deram ao trabalho de ir a outras secretarias examinar suas rubricas”.
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