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Dois dias após O POVO ter denunciado que comissões fantasmas abrigam apadrinhados políticos na Câmara Municipal, o Ministério Público do Estado (MPE-CE) vai começar a investigar o caso. Um ofício solicitando as primeiras informações será entregue ainda hoje ao presidente da Câmara, Walter Cavalcante (PMDB). Todos os integrantes das comissões que supostamente não funcionam deverão ser ouvidos. Caso fiquem comprovadas as irregularidades, o MP pretende pedir a devolução dos valores pagos indevidamente e a punição dos envolvidos.
O ofício é assinado pelo promotor Ricardo Rocha. “Temos que pegar caso a caso, pedir todos os atos de nomeação, as folhas de pagamento, pedir parecer técnico e ouvir essas pessoas”, explica o promotor. Após receber o documento, a presidência da Câmara terá 15 dias para enviar as informações.
O ofício é baseado na reportagem do O POVO da última terça-feira, 15. De acordo com o promotor, O MP já tinha conhecimento de que havia excesso de cargos comissionados na Casa e por isso negocia com Walter um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para começar a corrigir a situação. Porém, o órgão desconhecia que alguns dos comissionados foram nomeados para comissões que, na prática, não existem.
Após receber os dados, o MP deverá iniciar a fase de depoimentos. Caso a documentação e os relatos evidenciem que houve irregularidades, os atos de nomeação deverão ser considerados nulos. O passo seguinte, diz o promotor, seria dar entrada em uma ação civil pública, solicitando a devolução do dinheiro que vem sendo pago aos integrantes das comissões. Além disso, poderá ser pedida penalização dos eventuais culpados, por ato de improbidade administrativa. Por mês, as oito comissões fantasmas custam aos cofres públicos R$ 189,6 mil.
Tribunal de Contas
Ricardo Rocha informou ainda que, após receber as informações da Câmara, vai solicitar que o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) também entre no caso, através de tomada de contas especial.
A assessoria do TCM informou que, tão logo o órgão seja acionado pelo promotor, passará a investigar as comissões fantasmas. A reportagem tentou contato com Walter Cavalcante na tarde de ontem. A assessoria informou que o vereador estava em reunião. Não houve retorno até o fechamento desta página. (colaborou Hébely Rebouças)
SERVIÇO
Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap)
Onde: Rua Coronel Solon, 495 - Jose BonifácioOutras informações: 85 3452.3756
Saiba mais
Walter Cavalcante anunciou, através de nota, que a política de nomeações para cargos comissionados da Câmara será revista. Segundo ele, a prioridade será a contratação de servidores por meio de concurso público, de modo a resolver as demandas de assessoria da Casa.
O concurso público está previsto para o próximo ano. Pelo menos 80 vagas serão oferecidas, mas o número pode ser revisto. Chegou-se a falar em 109 vagas, mas o número exato só deverá sair em novembro, segundo o departamento de Recursos Humanos da Casa. Isso será possível após a implantação do Plano de Cargos e Carreiras dos servidores da Casa, que está em fase de estudo.
Atualmente, informou a assessoria da Câmara, há 61 servidores com tempo apto a aposentadoria, mas que não solicitam por pendências de documentação. A Câmara, o TCM e o MP negociam um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para respaldar as aposentadorias.
O número de servidores em cargos comissionados não foi divulgado. Conforme publicado no O POVO, só este ano foram nomeadas 67 pessoas para comissões que só existem “no papel”.
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