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Ao apresentar à imprensa o novo secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Servilho Paiva, o governador Cid Gomes (PSB) afirmou que a segurança é “o maior desafio” de sua gestão. Dois dias depois, na última quinta-feira, a gravidade do problema foi reiterada por dados divulgados pelo governo. O número de homicídios dolosos (intencionais) registrados no Estado em agosto aumentou 19% em relação ao mês anterior.
A um ano e três meses do fim de sua gestão, Cid Gomes promoveu sua maior reforma administrativa, para, como o próprio governador declarou, incrementar o ritmo de trabalho em algumas áreas. Além da Segurança, Cid mexeu na Saúde, onde botou ninguém menos que o irmão Ciro Gomes para cuidar da área que gera “a maior preocupação e reivindicação popular”.
Segurança e Saúde influem em alto grau na avaliação do governo pela população e podem, pois, determinar o sucesso ou fracasso de um governante que, ao final de oito anos de mandato, quer fazer seu sucessor.
Repaginação
Uma semana antes de o governador oficializar a saída de Francisco Bezerra da Secretaria da Segurança Pública, onde o coronel da Polícia Militar estava desde janeiro de 2011, Ciro Gomes, que prestou consultoria informal àquela pasta, já havia declarado que “alguma coisa” ali precisava mudar.
Os números dos homicídios registrados no Ceará em agosto foram divulgados na véspera da posse do novo secretário. Servilho Paiva, delegado da Polícia Federal, ex-controlador-geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança e Sistema Penitenciário do Estado, assume a pasta mais criticada e cobrada pela população com desafios imensos, e com carta branca do governador para fazer as mudanças que julgar necessárias. Ao assumir o novo cargo, na última quinta-feira, Servilho Paiva já anunciou por onde pretende começar: reformulando o Ronda do Quarteirão: “Vamos repaginar o Ronda, em termos de gestão, reorganizando e redefinindo novas áreas de atuação, não só das viaturas, como das delegacias”, declarou o novo secretário.
Médio e longo prazo
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado José Sarto (PSB), embora admitindo a preocupação com o desempenho da Segurança, destaca, repetindo o discurso do Palácio da Abolição, que o problema da criminalidade envolve fatores que estão além dos domínios da administração estadual.
“Na Segurança, o governador já tem dito que reconhece que o retorno dos investimentos não está à altura do que ele imaginava. Mas a questão da segurança pública é sistêmica. Mexe com o Código Penal. A televisão mostra que a polícia prende e a Justiça no outro dia solta. O menor comete delito, passa duas horas lá (apreendido) e volta. Tem o tráfico de drogas”, diz Sarto.
Por causa desses e de outros elementos da cadeia do crime, continua Sarto, a população não deve esperar que o governo resolva tudo e rapidamente. “Ninguém pode botar no colo da administração passada, nem da atual, a expectativa de que vai resolver, porque não vai. É questão de médio e longo prazo. Leva um certo tempo. Requer políticas públicas de inclusão”.
Saiba mais
Cid Gomes tirou os secretários Mauro Filho (Fazenda), Camilo Santana (Cidades), Francisco Pinheiro (Cultura), Gony Arruda (Esporte), Paulo Henrique Lustosa (Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente), Evandro Leitão (Trabalho e Desenvolvimento Social), Arruda Bastos (Saúde) e Francisco Bezerra (Segurança Pública) com a justificativa de que eles vão disputar a eleição de 2014. O prazo legal de desincompatibilização seria abril de 2014.
Dos exonerados, Bezerra é o único que não tem filiação partidária. Mesmo assim, o coronel confirmou, na última quinta-feira, durante a cerimônia de transmissão do cargo a Servilho Paiva, que deverá concorrer ao cargo de deputado estadual no pleito do ano que vem. “Saio porque recebi do governador Cid Gomes uma nova missão: me candidatar a um cargo eletivo na Assembleia Legislativa do Ceará”.
Especula-se que Bezerra. poderá se filiar ao PSB, ao PSD ou ao Partido Solidariedade, que está sendo criado.
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