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Os participantes de Black Blocs têm “concepção ingênua” da política e da sociedade, são autoritários e, em certo aspecto, assemelham-se a membros de uma seita religiosa. Assim avalia o cientista político Valmir Lopes, da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Embora grande parte dos integrantes dos Black Blocs se identifique com o anarquismo, Lopes afirma que as ações dos mascarados de preto mais se enquadram no terrorismo, afirma Lopes.
“A tradição anarquista é uma forma de contestação da ordem instituída, mas fundamentalmente uma crítica à autoridade, que tenta encontrar formar alternativas. O movimento hippie, por exemplo, é parte disso. O Black Bloc é mais próximo de uma tradição do terrorismo, imaginando que isso trará consciência ao resto da população dos desmandos do estado. É uma concepção ingênua da forma como a politica é feita e de como a sociedade se transforma”, diz Valmir.
Niilismo
Outro ponto que o cientista critica nos Black Blocs é que não apresentam alternativas ao estado de coisas que dizem deplorar. “Do ponto de vista politico, não tem proposta nenhuma. A ação se esgota nela mesma. Parece muito mais expressão de niilismo na política, um vazio. Quebram, depredam símbolos da ordem capitalista e pronto. Qual é a alternativa? Ninguém sabe”.
Ademais, diz Lopes, os membros de Black Blocs se mostram autoritários quando creem que podem trazer sua “verdade” à luz para o resto da sociedade por meio da violência. “Eles são esclarecidos, eles sabem de algo que o restante da população não sabe, e a ideia é fazer com que as pessoas tomem consciência disso. Uma verdade que estranhamente só eles sabem. É uma concepção extremamente autoritária. Nesse aspecto, são próximos da crença religiosa da revelação, do ser iluminado que faz uma revelação aos apóstolos”.
Os Black Blocs alegam que não praticam violência, e sim “manifestações estéticas” contra o capitalismo e o Estado. Tal argumento, diz Lopes, traduz “infantilismo”. (Bruno Pontes)
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