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Pouca gente se surpreendeu quando, na última terça-feira, o ex-ministro Ciro Gomes (PSB) veio a público classificar como “maconheiros e burgueses” grupo que protestava contra viadutos próximos ao Parque do Cocó, em Fortaleza. Na última ação da “metralhadora giratória” do irmão do governador Cid Gomes (PSB), sobrou ainda para o Ministério Público Federal e até para o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), acusada de manter aliança “assentada na base da putaria”. O “estilo Ciro” se notabilizou por não poupar palavras ou alvos e já é velho conhecido de quem acompanha a vida política estadual e nacional.
A predileção pelo confronto o acompanha desde os primeiros passos na política. Em 1988, quando disputava a Prefeitura de Fortaleza, acusou de “picareta notório” e “ladrão” o deputado Franzé Moraes (PTB), que o acusava de abuso de poder econômico.
Em 1992, como governador do Ceará, ganhou projeção nacional ao ameaçar demitir professores e médicos em greve, acusar o Judiciário de tratar o dinheiro público como “casa da mãe Joana” e classificar denúncia do procurador da República Oscar Costa Filho contra sua gestão de “exibicionismo doentio”.
Se o estilo peculiar foi fundamental para projetá-lo a candidato à Presidência pelo PPS em 1998 e 2002, o pouco cuidado com as palavras também pesou contra o sonho presidencial. Em 2002, amargou sucessivas quedas nas pesquisas eleitorais após chamar ouvinte de “burro” durante programa de rádio. Depois, desentendeu-se com a opinião feminina após polêmica envolvendo a participação da então esposa, Patrícia Pillar, na campanha. “Minha companheira tem um dos papéis mais importantes, que é dormir comigo”.
Colecionadora de desafetos, a estratégia de ataque também foi útil na busca por aliados. Durante o estopim do escândalo do mensalão, em 2005, foram muitas as ocasiões em que o então ministro da Integração Nacional Ciro Gomes entrou em ação para livrar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do olho do furacão da crise.
Assim, os mesmos ataques que fragilizaram a gestão petista de Luizianne Lins no ano passado serviram para levantar o partido em seu momento mais crítico, no âmbito federal. Hoje, em meio ao impasse da candidatura de Eduardo Campos (PSB) à sucessão de Dilma em 2014, o “estilo Ciro” também entrou em ação para reforçar apoio à petista. (Carlos Mazza)
Quem
ENTENDA A NOTÍCIA
Após ser deputado estadual, prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, ministro da Fazenda, ministro da Integração Nacional e deputado federal, Ciro Gomes está desde 2011 sem ocupar oficialmente cargo público. Ele estaria prestando apoio “informal” ao irmão Cid Gomes na Secretaria da Segurança do Estado.
Briga com médicos
Uma das maiores polêmicas envolvendo falas de Ciro Gomes é sobre suposta declaração dele enquanto governador, durante greve de médicos do Estado.
Segundo consta na opinião popular, Ciro teria dito: “Médico é que nem sal: branco, barato e tem em todo lugar”. O ex-ministro, no entanto, nega ter feito qualquer comentário nesse sentido.
Pesquisa feita pelo O POVO nos arquivos do jornal não localizou registros oficiais de declaração dessa natureza.
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