[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Sempre é tempo de recomeçar | Páginas Azuis | O POVO Online
MARIA EUGÊNIA PINHEIRO DE LIMA 28/12/2015

Sempre é tempo de recomeçar

Aos 91 anos, dona Eugênia reencontrou maneiras de se sentir feliz. Trabalha, viaja, faz musculação, brinca com os bisnetos e não falta às aulas de forró e samba
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Dona Maria Eugênia prefere passar os dias na casa dos filhos. Diz que vive uma temporada na casa de um, uma temporada na casa de outro. "Eu não tenho mais casa. A minha casa é onde eu chego"

Dona Eugênia parece ter aprendido a recriar a vida, sempre, sempre. Queria ser médica, o pai não deixou. Tentou ser professora, não conseguiu. Daí, aprendeu a costurar e hoje cuida do vestuário das empresas do filho. E a demanda não é pequena. Mas ela faz questão de ir três vezes por semana ao trabalho. A bagagem dos 91 anos não pesa.

 

O sorriso que sai fácil, a conversa que flui, as histórias que não findam. Dona Eugênia conta detalhes da criação dos quatro filhos, compara o tratamento que dá aos netos e bisnetos e rememora décadas atrás. Também, olha pra frente e traça os planos. Quer conhecer Fátima, em Portugal, e sonha em ter um tetraneto. No mais, se sente satisfeita, porque os filhos já estão todos “nos seus cantos”. Sonho de mãe.


O POVO - Qual é sua função na empresa?

Maria Eugênia Pinheiro de Lima - Tomar conta de tudo o que entra e sai, de fardamentos, roupa cirúrgica, lençóis. Todo mês faço um relatório de tudo o que tem em cada um dos hospitais, o que está faltando, e já arrumo tudinho.

OP - Da empresa só no Ceará?

Eugênia - Não, de todo o Brasil. Vai fardamento, roupa, lençol, tudo. Quem toma de conta sou eu. Já tenho os moldes que fiz quando comecei, há mais de 40 anos. O meu cortador é muito bom, é como

se fosse meu filho.

 

OP - A senhora cumpre algum expediente na empresa?

Eugênia - Não tenho expediente nem bato ponto. Vou lá três vezes de manhã por semana. Nesses dias, dou conta de tudo o que tenho pra fazer. Tem dia que chego lá e pergunto o que tem pra fazer, e eles dizem “nada, dona Eugênia, não tem nada”. E eu pergunto: “não é possível, não tem nenhum fardamento pra enviar?” Mas eles fazem tudo direitinho. Tem uma moça que se encarrega de entregar tudo para cada unidade. Quando ela termina de ensacar, diz “pronto, dona Eugênia. Isso vai pra tal parte, e isso pra tal parte”. Tenho a folha de cada hospital. Aí, vou riscando e colocando “enviado tal dia”. É tudo muito organizado, viu?

 


OP - E como é a dona Eugênia profissional?

Eugênia - É enérgica. Não faça as coisas erradas, porque leva carão. Eu tenho uma menina muito boa, que trabalha comigo há uns 12, 14 anos. Foi exatamente quando o hospital começou a aumentar. Ela era costureira, eu a tirei da costura e disse: “você vai tomar conta disso aqui”. Muito honesta, muito direita. É a Mundinha.

 

OP - Neste ano de crise, em que todo mundo reclama, a senhora sentiu essa crise?

Eugênia - Eu não senti nada de dificuldade, mas tenho pena de quem sofre. Nem na empresa. Foi uma coisa que cresceu muito, esse Hapvida, mas que não me trouxe problemas nem preocupação. Eu tenho uma confiança muito grande no meu filho. Ele é um grande administrador, consegue equilibrar e orientar muito bem.

OP - Quando a senhora vai fazer alguma mudança no seu setor, sempre pede autorização dele?

Eugênia - Eu só faço comunicar. E ele nunca me disse um ‘não’. Agora, eu queria fazer uma sala maior. Eu disse pra ele que era 3 x 3 metros quadrados, mas era 5 x 5. Só aumentar um pouco, porque estava muito pequena. Ele disse que não dava, mas não sei o que eles fizeram, andaram desocupando uma parte lá e está dando certo. Não ficou muito pequeno, não. É pra minha equipe, vai dar certo. E olhe que só quem me deu trabalho foi o Pinheiro. Eu batalhei muito com ele. Ele era danado, tinha preguiça de estudar, precisava eu estar com ele.

OP - Como a senhora foi parar na costura? Eu soube que a senhora queria ser médica, depois tentou ser professora, mas não quis.

Eugênia - Papai queria que eu fosse professora, mas não dava, porque eu ia dar muito “cocorote” no filho dos outros. Até hoje meus netos dizem: “isso aqui meu é baixo” (aponta para o alto da cabeça) “por conta dos cocorotes que a senhora me deu”. (risos) Mas no filho dos outros eu não podia bater. Os filhos, eu ensinei todos. O Pinheiro (Candido, filho mais velho), eu acompanhei até a 4ª série ginasial. Quando chegou na 4ª série, disse “pronto, encerrou aqui”.

 

OP - E como a senhora se descobriu na costura?

Eugênia - Eu sempre costurei. Eu não era rica, tinha que fazer alguma coisa pra economizar. Aí, costurava pros meus filhos.

OP - A senhora queria ser médica, mas por que seus pais não deixaram?

Eugênia - Foi o papai. Ele dizia: “minha filha, medicina é pra homem”. E eu dizia: “que nada, papai. É pra homem, é pra mulher, é pra todo mundo”. Isso, em 1942, quando eu terminei o ginásio. Mas ele: “não dá certo, minha filha; você vai fazer o Normal”. Naquele tempo, era o primeiro e o segundo normal. Terminava o ginásio e fazia. Aí, apareceu o propedêutico, o pré-técnico pra professora. Fui fazer, não gostei. Pensava: “não vou dar pra isso, eu vou bater nos filhos alheios”.

 


OP – Ainda bem que a senhora desistiu, né?

Eugênia - Pois num é, ainda bem. (risos) Eu disse: “não, papai, eu não vou fazer o Normal”. E ele: “mas, minha filha, vá ensinar, tem tanta criança precisando”. Aí, eu decidi casar. Já estava namorando. E disse: “ou eu faço Medicina ou eu caso”. Pedi pro papai pra eu fazer um semestre na Escola Doméstica. Nesse tempo, era das Irmãs de Caridade. Fiz seis meses lá, aprendi a cozinhar, não sabia fazer nada. Foi bom, porque pelo menos aprendi alguma coisa. Voltei

pra casa e, logo depois, eu me casei.

 

OP - A senhora se casou com o seu Pedro. Mas, na verdade, a mãe dele queria que a senhora se casasse com o outro filho dela. Como é que foi isso?

Eugênia - É, ela não queria que eu casasse com o Pedro. Porque ele era muito danado, ele deu muito trabalho à mãe dele.

OP - Mas por que a senhora insistiu em se casar com ele?

Eugênia - Eu gostava dele. Era muito bom, muito atencioso. Aí, eu disse: “vou me casar é com ele mesmo”. O irmão dele é quem queria namorar comigo, mas eu não quis. Era um comerciante muito conceituado, rico, mas eu não quis. Era de São Bento da Amontada. Aí, me casei com o Pedro pra batalhar. Aí, fomos batalhar os dois juntos.

 

OP - Os seus quatro filhos(Candido, Eugênia, Eveline e Alfredo) são todos médicos. A sua vontade de fazer medicina influenciou a escolha deles?

Eugênia - Não, eles fizeram sem eu dizer nada. Nunca disse pro Pinheiro: “faça isso, faça aquilo”. Passei cinco anos só com ele;

depois, nasceram os outros três. E os outros decidiram ser médicos por influência dele.

 

OP - O que a senhora acha que vai deixar de herança para os seus filhos?

Eugênia - A educação serviu. E todos eles educaram os filhos muito bem, todos os quatro. Tudo o que eu ensinei, eles aprenderam.

OP - A senhora tem quantos netos e bisnetos?

Eugênia - 12 netos e 15 bisnetos. Mas tem muita gente pra vir. E ainda vou ver um tetraneto. Eu só vou morrer depois que o tetraneto chegar.

OP - O que a senhora mudou da educação dos filhos para os netos e bisnetos? A senhora é mais branda?

Eugênia - Até os netos, eu ainda castiguei. Mas os bisnetos, não. A gente já não tem mais responsabilidade. Não ensino mais a lição pra eles, nem digo pra fazerem isso ou aquilo. A não ser quando estou perto e eles fazem uma coisa de errado, eu digo: “meu filho, isso não se faz.” Eu repreendo, mas não brigo. Tenho um neto que sempre foi muito ligado a mim. Eu me levantava às 6 horas pra ir pra missa, e ele ia comigo. Ele é muito católico, leva a mulher pra igreja, batizou os filhos, reza com eles de noite.

 

OP - É uma herança de fé que a senhora deixa para a família?

Eugênia - Sim. Dos meus filhos, só quem mudou de religião foi o Pinheiro. Ele é judeu. Eu não digo nada, porque o judaísmo é o começo da nossa religião. Ele acredita em Deus, e diz que Jesus ainda vem.

OP - A senhora se considera uma mulher de fé?

Eugênia - Sim, e ajudada por Deus. Nosso Senhor me ajuda muito, ave Maria! Eu rezo o rosário todo dia, faço o ofício de Nossa Senhora todo sábado. Nossa Senhora é minha companheira. 

 

OP - A senhora tem uma vida muito ativa. Quais são suas atividades?

Eugênia - Faço pilates, dança, tenho um personal que vem em casa para fazer os exercícios de musculação e alongamento. Dois dias de dança, dois de pilates e dois de exercícios. Não tenho tempo pra nada. E gosto mais de forró e samba. (risos)

 

OP - Mas a senhora faz essas atividades porque escolheu?

Eugênia - Foi. Quando eu vou pros médicos, eles me dão os parabéns, porque ninguém nunca me mandou fazer exercício. Eu caminhava muito, mas meu joelho começou a ficar ruim. Hoje às vezes eu tenho até que andar com uma bengala, porque meu joelho falha. Foi aí que comecei a fazer pilates, e depois dança. E tem ajudado, meu joelho desinchou.

OP - A senhora se consulta com seus filhos?

Eugênia - Sim. O médico que me acompanha é o meu filho mais novo. Quem me acompanhava era o Pinheiro. Depois, ele passou pro mais novo. Ele me consulta desde o fio do cabelo até a ponta do dedo.

 

OP - A senhora leva muita bronca dele?

Eugênia - Nada, eu é que passo bronca nele. Dia desses briguei com ele, porque eu gosto de fazer as coisas na risca. Ele disse: “mamãe, não coma óleo, manteiga, nada gorduroso”. Tá certo. Quando cheguei na casa dele, estava tudo isso na mesa. E eu perguntei por que ele passava uma coisa pros pacientes e fazia outra. E ele: “mãe, pouquinho não faz mal, não”. Mas ele nunca tinha me dito isso. (risos)

OP - Como a senhora chegou aos 91 anos tão bem?

Eugênia - Sempre fui muito cuidadosa com minha saúde. Toda vez que sinto alguma coisa, corro logo pra consertar.

OP - A senhora chegou recentemente de Gramado (RS). Tem mais alguma viagem que a senhora quer fazer?

Eugênia - Em abril, vou pra Portugal. Já viajei muito. Só a Portugal já fui três vezes, mas nunca fui a Fátima. Fui a Lisieux, na França (terra de Santa Teresinha). Já fui a Lourdes, e nunca a Fátima, mas agora eu vou, mesmo que seja minha última viagem. O Alfredo (filho) já comprou a passagem. 

 

OP - A senhora tem algum medo?

Eugênia - Não. Nem de morrer. É uma viagem sem volta, mas não tenho medo de morrer. É uma coisa que não me perturba. Eu acho que não fiz nada de errado na minha vida, então, não tenho medo

de nada.


OP - A sua fé é que sustenta essa certeza?

Eugênia - Exatamente. Eu tenho fé e tenho certeza de que minha viagem vai ser muito boa.

OP - A senhora se sente sozinha?

Eugênia - De jeito nenhum. Meus netos fazem festa comigo, parece que sou igual a eles. Os meus netos já são todos casados. Só tem dois que não casaram ainda.

 

OP - E os bisnetos, a senhora tem energia pra brincar com eles?

Eugênia - Eu tenho. Só não posso me pôr de cócoras como eu fazia antes. E ainda quero brincar com meu tetraneto.

 

OP - Quais seus planos para 2016?

Eugênia - Tenho essa minha viagem para Portugal. Vou passar uns 15 dias lá. E depois não quero mais viajar, não. Meu joelho não aguenta mais. Mas eu não vou ficar parada dentro de casa, sem fazer nada. 

 

OP - A sua fé, o convívio social, seu trabalho, o que ajuda mais para o seu bem-estar?

Eugênia - Juntando tudo. E uma coisa que me ajuda muito é que todos vivem bem, alegres, em paz com Deus. Eu tenho muito o que agradecer.

OP - A senhora ainda pede muita ajuda a Deus?

Eugênia - Nosso Senhor fica é cansado de mim. (risos) Mas Ele me atende. Basta eu conversar com Ele que tudo se resolve.

OP - No seu trabalho, as pessoas lhe respeitam pelo que a senhora é ou por ser a mãe do chefe?

Eugênia - Tem gente que nem sabe que eu sou mãe do Pinheiro. Eu não gosto muito de dizer. Mas hoje me respeitam, acho que é por carinho. Eu digo pra moça que trabalha comigo: “vá assumindo, vá assumindo. Eu, com 91 anos, não sei quanto tempo eu tenho pela frente. De uma hora pra outra, você tem que assumir”. Eu estou preparando o caminho, que é pra depois meu filho não dizer “a mãe deixou tudo abandonado”. (risos)

 

OP - Do que a senhora tem mais saudade?

Eugênia - Da fazenda onde a gente morava (em Quixadá). Nossa fazenda era muito boa, eu ajudava a administrar. Nós construímos um açude bem grande, do lado da casa. A gente comprou uma canoa, e enchia de manga e saía dando manga pros peixes. O Pinheiro, quando estudava Medicina, ia passar as férias lá, levava os amigos e era todo mundo doido pela fazenda.

 

OP - Era nesse tempo que a senhora fazia bolo pra vender?

Eugênia - Quando eu cheguei aqui, em Fortaleza, eu fazia bolo. Eu tinha duas empregadas muito boas. Uma cozinhava e outra tomava conta dos meninos. O Alfredo tinha dois anos. E o Pinheiro, 10, e já vinha fazer exame de admissão. Eu dizia ‘eu não boto filho meu nem interno nem em casa de ninguém’. É uma vida difícil. Pois bem, eu tinha duas freguesias, duas casas de merenda na Praça do Ferreira. Eu fazia 40 bolos por dia. Eram 20 bolos pra cada um. Eram o bolo Luiz Felipe e o Souza Leão. Com esse dinheiro, eu fazia tudo. E ainda tinha aluguel. Mas ele (o marido) me ajudava. Botou uma padaria, mas eu fiquei fazendo meus bolos. Eu mandei fazer um forno bem grande em meu quintal pra fazer os bolos. Pra administrar, eu sou boa. Mas pra fazer, não vai, não. Quando me mudei para a (avenida) 13 de maio, deixei de fazer os bolos, porque não tinha espaço pra levar o forno. Eu morava no São Gerardo. Era uma casa bem grande.

 

OP - Por que a senhora repete que o filho mais velho deu trabalho?

Eugênia - Quando o Pinheiro fez vestibular, ele passou em segundo lugar. Fez residência em Salvador, se formou e foi pro (hospital) A.C.Camargo (em SP). Aí, fiquei com os outros três meninos. Mas ele estudava no Colégio Cearense. Quando terminou o ginásio, o irmão Abdo me chamou e disse: ‘o Pinheiro tá difícil de passar’. Ele fez a prova e, quando o irmão foi dar a nota dele, disse: ‘meu filho, você jamais passará em vestibular’. Quando ele chegou em casa: ‘mãe, aquele irmão teve coragem de dizer isso na minha cara’. Ele tinha 16 anos. E eu: ‘meu filho, só tem um jeito: você mostrar a ele que você consegue’. E ele: ‘eu vou mostrar, mãe’. Ele ia fazer o terceiro científico e se matriculou num colégio que era numa casinha, em frente ao Parque das Crianças, não me lembro qual era. De tarde, foi se matricular em outro curso, do Ezio Pinheiro. E disse que ia dar conta. Passou em segundo lugar no vestibular.

 

OP - E como ele se transformou desse jeito?

Eugênia - Acho que foi o irmão, que disse que ele jamais passaria no vestibular. Valeu.

OP - Ele deveria ter ido agradecer ao irmão.

Eugênia - E ele não foi? Colocou o jornal debaixo do braço e foi no Cearense falar com o irmão. Quando chegou lá, puxou o jornal e falou: ‘tá aqui, irmão’. Quando o irmão abriu o jornal e leu, foi aquele abraço. O irmão ficou muito feliz.

 

OP - A senhora estudou em colégio interno, não é isso?

Eugênia - Sim. Eu era interna sem saída. Nós éramos 250 alunas. Havia aquelas que saíam domingo sim, domingo não. Mas eu não saía, pra não fazer besteira. Papai tinha muito cuidado comigo, ave Maria! Ele era muito apegado a mim. Demais.

 

OP - E como a senhora se comunicava com sua família?

Eugênia - Por cartas. Eu tinha que escrever pra minha casa toda semana. Mas a madre superiora lia todas as correspondências que chegavam e que saíam, de todas as alunas. Aí, eu não podia escrever o que eu estava sentindo.

 

OP - Por isso que a senhora não quis que seus filhos fossem internos?

Eugênia - É, nunca quis. Eu achava a vida tão sem amor, muito rígida. Quando eu ia pra casa e chegava o dia de voltar, eu ficava era triste.

OP - A senhora ainda escreve cartas?

Eugênia - É muito difícil. Mas aqui, acolá eu faço uma oraçãozinha e mando pra alguém.

 

OP - E hoje a senhora usa o quê pra se comunicar com sua família?

Eugênia - WhatsApp, né? Meu celular é cheio de fofocas. (ri e começa a mostrar no smartphone as fotos e os vídeos dos bisnetos)

 

Perfil

 

Maria Eugênia Pinheiro de Lima tem 91 anos. Nasceu em 12 de outubro de 1924, em Quixadá (CE). Do casamento com Pedro, teve quatro filhos: Candido, Eugênia, Eveline e Alfredo. Hoje, conta 12 netos e 15 bisnetos. E ainda sonha com um tetraneto. É responsável pelo setor de costura do Sistema Hapvida (roupas cirúrgicas, fardamentos, lençóis etc.), com 16.500 colaboradores, em 11 estados do Norte e Nordeste. Desde o início da Clínica Antonio Prudente, do filho mais velho, em 1976, ela já era a responsável pela parte de costura do fardamento do filho. O mais velho, Candido Pinheiro, é o atual presidente do Conselho do Hapvida. O neto Jorge Pinheiro é presidente executivo do Sistema Hapvida. E outro neto, Candido Junior, é vice-presidente executivo do Hapvida.

 

CONVERSA COM DONA EUGÊNIA

 

1. A entrevista com dona Maria Eugênia foi realizada na semana passada, antes do Natal, na casa de uma de suas filhas, próximo à avenida Beira Mar. Era uma manhã de quarta-feira.


2. Quando O POVO chegou, dona Eugênia já estava arrumada e maquiada. Mas negou ser vaidosa. “Eu me arrumo, mas não sou vaidosa, não. Só gosto de me arrumar”, contou. Seja para que evento for, ela é quem cuida da própria maquiagem.

 

3. Ao falar sobre os filhos, ela não deixa margem para dúvida. “O Pinheiro (Candido, filho mais velho) é o que tem mais coisa minha. O Alfredo (filho mais novo) é muito maneiroso, muito calmo”, descreve. Com os descendentes dos filhos, ela se derrete: “Eu sou muito babona com meus netos”.

 
4.
A conversa deveria ter sido na semana anterior. Mas dona Eugênia havia viajado para Gramado (RS). Já havia ido três vezes, mas agora queria conhecer o Natal de Luz da cidade. “Viajar é bom, porque a gente ganha o mundo”, ela descobre. E quem discorda?

 

PERGUNTA DO LEITOR

Ana Layana Santos Lima Albuquerque, analista de suprimentos do Hapvida


LEITORA - Aos 91 anos de idade muito bem vividos, qual sonho a senhora ainda tem vontade de realizar?

Eugênia - O que eu queria era ver meus filhos tudo nos seus cantos, formados, e consegui. Ninguém depende de ninguém. Mas eu ainda quero ver um tetraneto. Eu só vou morrer depois que o tetraneto chegar.

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