[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Recusas, convite, cartas | Páginas Azuis | O POVO Online
02/02/2015

Recusas, convite, cartas

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Rodrigo Carvalho
O padre ficou conhecido por abolir taxas das igrejas por onde passou
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1 A tentativa de entrevista se deu durante duas vezes. Na primeira, o padre faltou, alegando que errara o dia. No segundo dia, ele mesmo confessou após eu estar atrasado 30 minutos, que iria embora sem me avisar, até que sua irmã lhe disse: “não faça isso não, ligue para ele”. O padre confessou depois que não queria dar a entrevista.


2 A entrevista aconteceu na casa onde moraram seus pais em Fortaleza, próximo ao Ginásio Paulo Sarasate, onde hoje ainda residem familiares seus. Padre Moacir quis inicialmente que a equipe do O POVO se deslocasse à Aratuba, onde segundo ele, poderíamos conhecer melhor como vive no assentamento Jardim.


3 Alguns dias depois da entrevista o padre retomou o contato e nos passou cartas trocadas com dom Aloisio Lorscheider sobre o movimento de Aratuba. No meio dessas cartas, uma ata de reunião na comunidade em 8 de julho de 1992, sobre educação política, na qual se discute a formação de um partido político.

 

4 Fazendas viraram símbolo da luta dos padres Moacir e Zé ,aria em Aratuba. foram elas: Monte Castelo, Jardim e Boqueirão. padre Moacir mora hoje no assentamento Jardim

 

PERFIL

Moacir Cordeiro Leite nasceu em Maranguape e sempre foi ligado a terra. Depois de se mudar para Fortaleza em busca de estudos, quando voltava a antiga morada na serra, passava os dois meses de recesso descalço, como conta. Ligado a ações católicas desde jovem, só entrou para o seminário com 20 anos de idade, em um período de questionamento existencial, após já ter entrado na faculdade. A trajetória como padre também não foi das mais calmas. Questionador, esteve por duas vezes prestes a abandonar o seminário. Já padre, foi o articulador de um movimento de luta pela terra na região de Aratuba.

 

PERGUNTA DO LEITOR

 

Agostinho Gósson, jornalista

 

Agostinho - Que avaliação o senhor faz do ponto de vista histórico, para a luta pela terra no Ceará, da desapropriação da fazenda Monte Castelo?

Pe. Moacir - A luta pela terra a partir da movimentação criada em Aratuba foi um marco. Tanto do porto de vista da possibilidade de organização, como pela visibilidade que esse movimento ganhou, seja com a adesão de alguns, ou a completa rejeição de outros. Hoje podemos dizer que as pessoas que participaram daqueles momentos entenderam que o nosso papel não podia ser outro diante do quadro que existia na época.


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