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No início da década de 1990, algumas travestis reuniram-se na cidade do Rio de Janeiro e fundaram a Astral, a primeira associação de travestis do Brasil. Pouco mais de uma década depois, travestis cearenses como Janaina Dutra, Thina Rodrigues e Paula Costa também seguiram as trilhas do associativismo e criaram a ATRAC, coletivo trans pioneiro na capital cearense.
A militância em associações e ONGs inaugurava um novo momento nas batalhas trans (travestis e transexuais) contra os preconceitos e pela conquista de direitos no País.
Do surgimento desses coletivos aos dias atuais, as reivindicações e estratégias políticas trans vêm se modificando. Se o combate à violência policial e ao estigma provocado pela vinculação entre “homossexualismo” (sic), travestis e criminalidade marcou a luta da primeira geração de ativistas trans, nos últimos anos, as suas batalhas se ampliaram.
Dialogando com uma perspectiva de interseccionalidade entre direitos humanos e questões de gênero, o movimento trans passou a pautar o direito à educação, ao trabalho e à saúde, por exemplo, fortalecendo o discurso pelo reconhecimento social de suas identidades, simbolizado pela reivindicação ao uso do nome social e à despatologização de suas experiências.
A história recente do Brasil aponta para importantes conquistas políticas, acadêmicas e sociais logradas pelas pessoas trans. Estas mudanças revelam a importância dos sujeitos e movimentos trans na luta histórica e extremamente atual contra os estigmas que ainda hoje impactam negativamente a vida de milhares de travestis e transexuais.
Datas como o Dia Nacional da Visibilidade Trans (29 de janeiro) apontam que, graças às batalhas de uma geração que ousou politizar seu corpo e seus afetos, a sociedade brasileira tem se transformado - não sem resistência - rumo ao alcance da cidadania trans. Atentemos.
Dediane Souza
dediane.souza@gmail.comMembro da Coordenação do Grupo de Resistência Asa Branca (Grab)
Elias F. Veras
eliashistoria@yahoo.com.br
Historiador
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