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A reportagem do O POVO publicada, ontem, sobre sepultamentos em valas comuns por falta de espaço e jazigos nos cemitérios públicos de Fortaleza chocou, certamente, muita gente. Embora a Prefeitura Municipal apresente essa questão como uma contingência momentânea, na verdade, esse problema há muito vem incomodando a comunidade fortalezense.
Quem não tem condições financeiras para arcar com o sepultamento em cemitérios privados passa por verdadeira aflição. Os custos de um enterro (sem trocadilho) estão “pela hora da morte”. A maioria da população não tem acesso ao “luxo” e tem de se valer dos cemitérios públicos. Não há como negar que se trata de uma questão sociocultural relevante e não deveria ser tratada como de importância menor. Nela estão embutidas não apenas elementos afetivos, mas aspectos simbólicos ancestrais: o culto dos mortos é um dos traços identificadores da sociedade humana.
A oferta de sepulturas deve ser principalmente um serviço prestado pelo poder público, nas sociedades multitudinárias de hoje, cabendo essa responsabilidade ao Município. Antes, era a Igreja que tinha os “campos santos” sob sua jurisdição. Os próprios templos eram utilizados para acolher os despojos mortais. Com isso, se tornavam ambientes insalubres. Era o tempo em que o catolicismo romano era religião oficial do Estado. No entanto, com a Proclamação da República, em 1889, houve a separação entre Igreja e Estado e a plena secularização dos cemitérios, que passaram a ter natureza laica e administração municipalizada.
O aumento populacional e o alto custo dos terrenos deram ensejo à superlotação dos cemitérios. Atender à demanda de sepultamentos diários tornou-se um problema aflitivo. Chegou a hora de se apelar para a racionalidade, pois o modelo atual de sepulturas espaçosas torna-se inviável.
Contudo, os familiares devem ter o direito de abrigar os restos mortais de seus entes em nichos individuais. A solução, portanto, é a instituição de crematórios públicos. Acomodar as cinzas em pequenas urnas permitirá atender à falta de espaço e aos anseios justos das famílias de dispor de um espaço individual para prestar culto ao seu ente querido. Com a palavra, as autoridades públicas.
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