[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Alargamento está parado e sem data de recomeço | Fortaleza | O POVO Online
Sargento Hermínio 28/02/2013

Alargamento está parado e sem data de recomeço

A obra de alargamento da avenida Sargento Hermínio está parada desde 2008 e não tem data para ser retomada, segundo secretário da Infraestrutura. Moradores e comerciantes estão apreensivos com a situação
FOTO: DEIVYSON TEIXEIRA
Entulho e lixo acumulam-se em terreno desapropriado na avenida Sargento Hermínio
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O alargamento da avenida Sargento Hermínio, parado desde 2008, não tem data para ser retomado. A informação é do titular da Secretaria da Infraestrutura de Fortaleza (Seinf), Samuel Dias. O principal problema são as desapropriações que ainda precisam ser feitas. Segundo o secretário, não há verbas para pagar as indenizações e nem mesmo para dar seguimento à obra nas partes já indenizadas.


“A obra conta com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e com uma contrapartida da Prefeitura, mas o repasse de verbas do BID está suspenso porque a contrapartida do poder municipal ainda não aconteceu”, explica o secretário.


A tarefa não será fácil. Segundo o secretário, a cada R$ 1 milhão gastos na construção são necessários mais R$ 5 milhões para pagar indenizações. Samuel Dias afirma que ainda não há um plano definido para levar a obra adiante. “Vamos estudar de que forma vamos obter recursos e reprogramar as desapropriações e o alargamento”, garante.


A demora das desapropriações e do alargamento preocupa proprietários de imóveis na área. “Se esse alargamento acontecer vai ser bom. Mas, no ritmo que está, vai demorar uns 15 anos”, ironiza o coordenador de logística Gerardo Ferreira, 52 anos, morador de um condomínio na avenida.


“Já tem um ano e meio que alguém da Prefeitura me procurou para conversar sobre indenização”, afirma o comerciante Antônio César Cardoso, 65. Ele é dono de um imóvel que, segundo ele, está avaliado em R$ 3 milhões. “Me ofereceram R$ 800 mil e eu aceitei porque não queria briga judicial, mas não fecharam o negócio até agora”, lamenta. Ele diz esperar o pagamento da indenização para recuar o imóvel, abrindo espaço para o alargamento da avenida.


O borracheiro Wallams Abreu, 41, ainda teme as consequências do alargamento da Sargento Hermínio. “A casinha onde eu tinha minha borracharia foi derrubada por causa do recuo que foi feito. Estou neste barraco aqui porque invadi”, explica. Ele admite não ter documentos do imóvel onde mora e mantém a borracharia, mas diz que a Prefeitura de Fortaleza sabe de sua situação e que o deixou ficar porque, na época, estava doente. Wallams também reclama da indenização recebida. “Só me deram R$ 1.180. Me diga o que vou fazer com um dinheiro desses?”, questiona.

 

Corredor exclusivo


Samuel Dias diz que a prioridade, até o fim de 2014, é a conclusão do corredor exclusivo para ônibus que vai ligar os Terminais do Antônio Bezerra e do Papicu. A obra deve facilitar o tráfego de ônibus entre os dois terminais. Avenida Engenheiro Santana Júnior, rua Padre Valdevino, avenida Antônio Sales e avenida Domingos Olímpio estão no trajeto.


A obra deveria ter sido iniciada em 2003, mas, segundo o titular da Seinf, só começou de fato na segunda gestão da ex-prefeita Luizianne Lins (PT). “O ritmo era muito lento e por isso resolvemos finalizar os trabalhos até 2014”, cita. O objetivo do corredor é diminuir o tempo para percorrer os dois terminais.

 

ENTENDA A NOTÍCIA


Desapropriações e falta de verbas são as maiores dificuldades alegadas pela Prefeitura de Fortaleza para continuar o alargamento da avenida Sargento Hermínio. BID espera Prefeitura dar contrapartida para liberar mais verbas, segundo secretário da Infraestrutura.

 

Saiba mais

 

A obra de alargamento da avenida Sargento Hermínio tem 2,2 quilômetros de extensão.


A intervenção ocorre da avenida José Bastos até a rua Olavo Bilac.

 

O custo total da obra é de R$ 10,5 milhões financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

 

Já as desapropriações da área custarão R$ 24,5 milhões - valor que é a contrapartida da Prefeitura de Fortaleza no projeto.

Aflaudisio Dantas afaludisiodantas@opovo.com.br
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espaço do leitor
Antunes Galdino 28/02/2013 10:28
ISSO É UMA VERGONHA. A CIDADE SÓ PENSA NA COPA E ESQUECE SEUS MORADORES QUE PAGAM IMPOSTOS, ALÉM DO RISCO PARA SAUDE COM ESTES TERRENOS BALDIOS E O TRANSITO CAOTICO QUE LÁ SE ENCONTRA. REALMENTE É UMA VERGONHA!!!
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antunes 28/02/2013 09:22
É UMA VERGONHA, OS POLITICOS SÓ PENSAM NAS OBRAS DA COPA, NÓS MORADORES QUE PAGAMOS IMPOSTOS ESTAMOS EM ULTIMO PLANO. ENTRA E SAI GOVERNO E TUDO CONTINUA A MESMA. PRECISAMOS MOSTRAR PARA AS PESSOAS DE FORA QUE SOMOS UMA CIDADE DESENVOLVIDA. É TUDO UMA FARSA. QUE VERGONHA!!!
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