[an error occurred while processing this directive] Julgamento de Marcelo se estende pela madrugada | Fortaleza | O POVO Online
13/12/2007

Julgamento de Marcelo se
estende pela madrugada

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Marcelo Fontenele Maia (de branco) ficou o julgamento de cabeça baixa(Foto: SEBASTIÃO BISNETO)

Rocélia Santos
da Redação


Entrou pela madrugada o julgamento do empresário Marcelo Fontenele Maia, acusado da tentativa de homicídio contra a ex-esposa dele, Roberta Carneiro. Até o fechamento desta edição, a decisão do juiz ainda não havia sido anunciada. O caso aconteceu no dia 12 de dezembro de 1998, na residência do casal. Durante a sessão, Marcelo reconheceu, pela primeira vez, que realmente atirou em Roberta. Segundo ele, o crime teria sido motivado pela emoção, sem a intenção de matar, tanto que chegou a socorrer a vítima.

O julgamento teve início às 13h30min, na 3ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua. O auditório estava lotado. Cerca de 188 senhas foram distribuídas para ingressar no recinto. Em outro auditório, mais 80 pessoas acompanhavam o julgamento por um telão. Até fila para ingressar nos dois ambientes havia no Fórum.

As estratégias da defesa e da acusação eram bem claras. De um lado, o Ministério Público e os advogados de acusação, representados pelo promotor de Justiça Humberto Ibiapina e pelos advogados Péricles Chaves e Flávia Angert Carneiro, respectivamente, tentavam, por meio das testemunhas, caracterizar a figura de Marcelo como um homem agressivo, fanfarrão, sustentado financeiramente por Roberta. Além disso, acusavam-no de ter abandonado a vítima no hospital após o crime e de nunca ter se preocupado com o estado de saúde dela.

Do outro, os advogados de defesa de Marcelo, Paulo Quezado e João Marcelo Pedrosa, usando também testemunhas de defesa, tentavam mostrar uma outra face do réu, de um homem que tinha uma profissão e se sustentava (na época do crime), de uma pessoa religiosa e que era discriminada pela família da esposa por não ter a mesma condição financeira que ela.

No julgamento, o primeiro a ser ouvido foi Marcelo, que admitiu ter atirado contra a ex-esposa. Ele, no entanto, afirmou ter se arrependido logo em seguida. Para o Ministério Público, a confissão visa uma redução da pena em caso de condenação. Depois, foi a vez das três testemunhas de acusação, todos familiares de Roberta: a irmã dela, Juliana Carneiro; o pai, Rosalvo Carneiro; e uma das filhas, Rafaela Carneiro, 19. Os três ressaltaram as qualidades e a vida de Roberta antes do crime, e como ela ficou e após receber o tiro.

Em seguida, as três testemunhas de defesa foram ouvidas, sendo uma funcionária da empresa de Marcelo, uma senhora que o teria acompanhado em um retiro religioso no ano de 1999; e a irmã do réu, Gislaine Maia. Todas deram relatos da personalidade de Marcelo que o favoreciam.

E-MAIS

1994 - Após separação do primeiro casamento, Roberta Carneiro se envolve com Marcelo Fontenele. Na época, ambos cursavam o mesmo curso, na mesma faculdade. Marcelo passou a morar na casa de Roberta, que já possuía três filhas.

12 de dezembro de 1998 - Após uma discussão no quarto do casal, Marcelo atinge a cabeça de Roberta com um tiro de pistola. Ela é levada ao IJF pelo próprio marido. A família de Roberta acusa Marcelo de atirar propositalmente e abandoná-la no hospital como indigente. A família de Marcelo afirma que o tiro foi acidental e que no hospital ele se identificou.

Um dos advogados de Marcelo Maia trabalhou recentemente com uma advogada de Roberta Carneiro. Paulo Quezado e Flávia Angert Carneiro defenderam em setembro o empresário Flávio Carneiro, em julgamento de homicídio contra a sua então esposa Ethel Angert. Flávia Carneiro é filha de Ethel com o empresário e trabalhou como assistente de defesa. Ela também é prima de Roberta Carneiro. No julgamento em que atuaram juntos, Paulo Quezado e Flávia Carneiro não livraram o empresário de uma condenação de 14 anos. Os advogados recorreram.

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