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“O futebol de salão, assim como os demais esportes amadores do Ceará, atravessa no momento uma de suas melhores fases. O salonismo vai de vento em pôpa.” O otimismo do desportista Lívio Amaro, que ajudou a trazer o futsal para o Estado, ficou eternizado nas páginas do POVO de 1960. O Campeonato Cearense de Futebol de Salão, à época, estava apenas no seu 5º ano, mas já cativava o público e movimentava dois grandes clubes locais: o América e o Lorda. Mas isso é passado.
O Francisco Lorda, por sinal, comemorava o bicampeonato cearense e também do Nordeste em 1960. Eram apenas os primeiros passos de uma modalidade que se tornaria febre entre os cearenses nas décadas seguintes e que colocaria o Estado em uma posição de destaque frente ao resto do País. E que, hoje, vê toda a glória de outrora se esvair por falta de apoio financeiro e de incentivo aos atletas.
“Hoje, nós vivemos como pedintes”, afirma o Cel. Gomes da Silva, presidente do Sumov, equipe que teve uma trajetória avassaladora do início dos anos 70 até o fim de 90, mas que agora sobrevive na marra desde a extinção, em 1997, da Superintendência Municipal de Obras e Viação, autarquia da prefeitura de Fortaleza, ex-patrocinadora. “Fazemos cota entre conselheiros para ajudar a equipe”, completa, explicando que apenas os patrocínios do Governo do Estado, da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e da Prefeitura Municipal não são suficientes para manter as seis equipes de base atuais e uma profissional.
A vida de “pedinte” do Sumov nem de longe condiz com o glamour vivido em décadas passadas, quando foi campeão cearense em 22 oportunidades. Em menos de 15 anos, a equipe conquistou cinco vezes a Taça Brasil (o sexto título veio em 2001). Os jogadores que passavam por Sumov e Banfort (Banco de Fortaleza), outra equipe cearense de ponta no cenário nacional, tinham visibilidade no País, oportunidades de jogar no exterior e serviam de inspiração para quem estava dando os primeiros passos no esporte.
“Para mim, o dia em que o Banfort fechou os portões, na década de 90, simboliza a queda do futsal cearense. Eram 12 jogadores de fora (do Estado), eles foram embora. Então, começaram a trabalhar só com a base e os jogadores precisam sair muito cedo do Ceará”, opina o ex-jogador Belfort Neto, hoje com 48 anos.
Belfort Neto viveu 17 anos exclusivamente da bola, algo raro no futsal atual, quando a maioria dos atletas precisa dividir-se entre o esporte e outros empregos. Fez história no Sumov, foi para Pelotas, chegou à Espanha e foi campeão Pan-Americano com a Seleção.
“Antes, o Sumov me pagava. Hoje, eu pago o Sumov”, comenta o ex-jogador e agora patrocinador da equipe. “O problema é a falta de dinheiro. A base é boa, revela jogadores toda hora, mas os investidores que gastavam antes não gastam mais”.
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