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Os bairros de uma grande cidade são mais do que cenários onde as pessoas residem, trabalham, estudam, ou por onde trafegam diariamente. Muitos deles têm sua própria história, vocação e “personalidade”. Alguns envelhecem, congelam no tempo; outros se transformam na voragem do crescimento urbano.
Em Fortaleza, a Universidade Federal do Ceará está atenta ao impacto que provoca nos bairros onde instalou seus campi – Benfica, Porangabussu e Pici. A relação com este último merece algumas considerações.
O Pici registra, em seu nascedouro, referências internacionais, por ter sido palco de ações do Exército norte-americano nos idos da Segunda Guerra Mundial. Foi também ali que se estabeleceu a Escola de Agronomia, que mais tarde viria a constituir o núcleo gerador da UFC e que está completando 95 anos de contribuições para o desenvolvimento socioeconômico do Ceará.
Também no Pici, instalou-se o nosso maior campus, com 212 hectares, e que hoje abriga importantes unidades acadêmicas, como os Centros de Tecnologia, de Ciências e de Ciências Agrárias, Instituto de Cultura e Arte, Instituto de Educação Física e Esportes, UFC Virtual, além de unidades administrativas e de apoio aos estudantes.
Pessoalmente, tenho uma relação especial com o Pici, que frequento desde que concluí o Mestrado, em 1984. Na ocasião, trabalhei no Nutec coordenando os laboratórios de Ensaios Mecânicos e de Metalografia, no âmbito do convênio entre aquele Núcleo e a UFC. A partir daí, convivi com a realidade do bairro em todas as suas dimensões. Acompanhei as sucessivas etapas de uma rica integração entre a Universidade e a população que habita seu entorno, assim como testemunhei as pressões da comunidade, em diferentes momentos, para ocupar áreas do campus. Já na qualidade de reitor, administrei os esforços da Instituição para reaver e preservar o patrimônio público, quando da violenta invasão de 2008.
Sempre estive atento ao papel social da UFC naquele quadrante da cidade, onde diferentes programas e projetos universitários induzem saudável aproximação com a comunidade. É o caso do Centro de Desenvolvimento Familiar-CDFAM, da Casa de Parto, da Farmácia Escola, dos equipamentos esportivos, das colônias de férias e ações educativas. Sabemos de nossa responsabilidade no sentido de contribuir para a melhoria da qualidade de vida no bairro e, ao longo do tempo, o Campus do Pici sempre atuou nessa direção.
Recentemente, ampliando e diversificando a infraestrutura, concluímos as obras da Seara da Ciência e logo estará pronto o Centro de Convivência. Também estamos implantando um grande Centro Poliesportivo e realizando obras de urbanização, o que inclui praças e calçadas apropriadas à prática de caminhada e corrida.
Temos, ainda, forte interesse em avançar na concepção do Parque Rachel de Queiroz, com apoio da comunidade local e dos poderes públicos estadual e municipal. Ali está o bucólico Açude Santo Anastácio, ao lado de uma grande área verde que se destaca por sua diversidade. Quando implantado, o Parque virá qualificar um dos mais belos espaços da malha urbana de Fortaleza.
Para futuro próximo, antevejo outras importantes iniciativas, como o surgimento de um grande centro de atendimento à saúde. Somando-se ao Hospital da Mulher, já inaugurado, deverão surgir novos equipamentos, cujo perfil vem sendo discutido. Guardo a certeza de que temos muito a contribuir para a melhoria das condições de vida dos fortalezenses, ao mesmo tempo em que fortalecemos os laços da Universidade com sua vizinhança mais próxima.
JESUALDO PEREIRA FARIAS
Foi diretor do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará, no Pici. É o atual reitor da UFC.Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
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