[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Correria no último dia antes da greve dos bancários | Economia | O POVO Online
Fortaleza 06/10/2015

Correria no último dia antes da greve dos bancários

O POVO acompanhou o expediente bancário na tarde de ontem, último dia antes da greve dos bancários, que começa hoje. Foram cinco bancos visitados. Em todos, clientes apressados e tensos
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Andreh Jonathas andreh@opovo.com.br
CAMILA DE ALMEIDA
Quem chegou depois das 16h até tentou entrar nos bancos, mas vai ter de esperar a greve acabar ou procurar outros canais
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Perto das 16 horas de ontem, havia pressa incomum para entrar nas agências bancárias. Também se via tensão entre os últimos clientes, quase atrasados. O motivo: último dia antes da greve por tempo indeterminado dos bancários, que começa hoje em todo o Brasil.

 

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Muita espera

O POVO acompanhou o expediente da tarde nas avenidas Santos Dumont e Desembargador Moreira. Foram cinco bancos visitados – Banco do Brasil, Bradesco, Banco do Nordeste (BNB), Caixa Econômica e Santander.


Na agência-sede do Banco do Brasil, às 16h em ponto, as portas foram fechadas. Mas ainda havia cerca de 200 pessoas esperando atendimento do lado de dentro, revelou um funcionário que fazia operações nos caixas eletrônicos. Disse que essa “avalanche” ocorre uma vez por ano, antes de iniciar a greve – que deveria ser exceção, mas virou regra. “Aqui vai até umas 20h ou 20h30min”. Houve início de bate-boca entre clientes, logo solucionado. É que algumas pessoas pedem para outros “guardarem” seus lugares nas filas. Outros pegam senha e saem para voltar depois.


A advogada Ana Bastos, que usava muletas, é prioritária e não se queixou do atendimento. José Albidier, 55, massoterapeuta, não teve a mesma sorte. Chegou ao BNB da Santos Dumont às 13h24min. Quase 17h30, ainda não tinha sido atendido, apenas para receber um pagamento. Relatou que havia apenas dois caixas atendendo a uma agência lotada.


Para clientes com movimentação financeira maior, os gerentes orientam atendimento pela internet ou telefone durante a paralisação, relatou um casal ao O POVO. Pediram para não serem identificados.


Hoje é dia de voltar a esbarrar com faixas da greve, representantes sindicais barrando a entrada de funcionários e clientes, enquanto não há acordo entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Sindicato dos Bancários. No ano passado, a greve durou sete dias. Em 2013, foram 23 dias.


O diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, João Bosco Mota, contou que serão priorizadas ações de greve nos bancos privados. Conforme o Sindicato, a categoria quer reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais contratações, fim das demissões e mais segurança.

 

Os bancos propõem um abono imediato de R$ 2.500 a todos os 500 mil bancários, além de reajuste em 5,5% dos salários praticados em 31 de agosto de 2015. O reajuste de 5,5% está em linha com a expectativa de inflação média para os próximos 12 meses. Outras demandas estão sendo avaliadas, afirmou a Fenaban.


“A proposta econômica já apresentada às lideranças sindicais prevê a participação nos lucros dos bancos, de acordo com uma fórmula que, aplicada, por exemplo, ao salário-piso de um caixa bancário, de R$ 2.560,00, pode garantir até o equivalente a quatro salários”, afirmou a Fenaban em nota ao O POVO.

 

SERVIÇO

 

Febraban disponibiliza cartilha sobre canais de atendimento durante a greve

http://bit.ly/1N8IcNR

 

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