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A receita é matemática: nem um grama a mais, nem a menos. Para a quantidade exata de açúcar, o número proporcional de claras de ovos. O “bulim” pode parecer resistente, mas na verdade é frágil. Com pouco açúcar, fica sem gosto. Sem o número certo de claras, pode esfarelar.
Mas se até empreendedores experientes no ramo, como Conceição Mororó, tomam tantos cuidados para não errar o ponto de vez em quando, pode ser que inexista a receita do “bulim” perfeito .
Mesmo assim, há mais de vinte anos Conceição decidiu investir na fabricação de biscoitos. O tino para o negócio, ela traz desde os 13 anos, quando começou a trabalhar em pequenos comércios. Em 1994, aproveitou que o avó do marido administrava um pequeno negócio para registrar o empreendimento de Sequilhos Bibi. Hoje, a fábrica produz “bulim”, peta, rosca e broa para terceirizar a outras empresas.
Segundo Conceição, para produzir duas sacas de “bulim” na empresa, são necessários os seguintes ingredientes fundamentais: 30 cocos, 18kg de açúcar, duas sacas de fécula de mandioca com 25 kg cada e quatro claras de ovos. “Produzo a granel, por isso não sei quantos “bulins” têm em cada saca. Uso como medida duas latas de querosene de 16 quilos”, explica. Cada saca custa R$ 33, tem 60 cm de largura e 90 cm de comprimento.
De acordo com ela, a procura por produtos regionais em pacotes industrializados tem aumentado, apesar de ser uma mercadoria que não tem preço. “O lucro é pouco, a gente pena muito, mas tem muita saída”, avalia.
Terceirização
Uma das saídas a que Conceição se refere é a fábrica de biscoitos Pepulha, liderada pelos irmãos Paulo Camurça e Ademilson Alves. Criada em 2000, dispõe hoje de vinte itens, entre amanteigados, sequilhos, champanhes, petas, suspiros, além das broas e dos “bulins” terceirizados de Conceição.
Na Biscoitos Pepulha, o “bulim” está na 5ª posição. Nos quatro primeiros lugares estão, respectivamente, peta rosquinha, suspiro, champanhe e broa. A ideia de criar a fábrica surgiu de Paulo, que trabalhava no Montmarttre e percebeu o sucesso de vendas da peta na padaria. “Decidi vender o produto no atacado. Até então, não existia nos mercados, então vi essa necessidade”.
Por mês, a fábrica produz 230 mil biscoitos para mais de 500 clientes e fatura, em média, R$ 190 mil. Até o fim deste ano, a meta é obter lucro de R$ 300 mil. Para chegar a esse número, Ademilson pontua que é preciso ter equipamento mais modernos e maior estrutura física do que hoje. “Nosso galpão é alugado, por isso não podemos investir tanto. Pretendemos comprar o nosso próprio”, planeja.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Nos últimos anos, tem sido mais comum encontrar produtos populares como “bulim”, broa, canjica, peta e pamonha nas prateleiras de supermercados e padarias. Industrializados, os produtos ganham nova produção.
SERVIÇO
Biscoitos Pepulha
Onde: Av. Francisco Sá, 3190, Galpão J - Carlito PamplonaOutras informações: 3223 5866 ou www.biscoitospepulha.com.br
Sequilhos Bibi
Onde: R Borges da Fonseca, 51 – Farias Brito
Outras informações: Conceição (8835 1149)
Dicas
Saiba os passos para industrializar produtos populares com sucesso:
1 Colete informações básicas sobre o produto que deseja fabricar
2 Em seguida, procure entender o mercado consumidor, fornecedor e concorrente
3 Crie um plano de marketing, com estratégias de publicidade
4 Estime os investimentos fixos possíveis, tais como: instalações, máquinas, equipamentos, móveis e custo de pessoal
5 Procure estimar também os custos variáveis, como por exemplo embalagem e matéria prima
6 Tenha sempre em mente que todo investimento é um risco, portanto, o ideal é ter capital de giro suficiente e compatível com o tipo de negócio que deseja abrir
7 Toda empresa que trabalha com alimentos tem de elaborar um Procedimento Operacional Padrão (POP), devendo assim buscar um nutricionista ou engenheiro de alimentos
8 O mercado de alimentos e bebidas é competitivo e tem concorrência, mas é preciso pensar que os concorrentes podem servir como impulso.
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