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Apesar dos esforços das ativistas para explicar que o feminismo luta pela igualdade e pelo respeito entre os sexos, o movimento ganhou má reputação. A ideia de que feministas eram mulheres masculinas que queriam tomar o lugar dos homens passou a ser disseminada. “Não gostam de se depilar, são todas horrorosas, descuidadas”, lia-se em uma página anti-feminista no Facebook.
“O fato de eu ser feminina e vaidosa não exclui que eu seja feminista. É, inclusive, uma forma de me empoderar”, argumenta a arquiteta Lara Oliveira.
Apesar de não participar de coletivos, ela se identifica com o feminismo. “Percebemos como nossa participação política é pequena quando um Projeto de Lei como o 5069 (dificulta acesso a abortivos e ao aborto) incide diretamente na nossa vida e é decidido por homens”, afirma.
E eles?
Para Lara, homens pró-feminismo têm um charme a mais. “Não acho que são menos masculinos, pelo contrário, é um bônus. Têm minha admiração”, diz e ri. Ela lamenta que ainda seja difícil contar com o apoio da outra metade da população na luta pela igualdade. A arquiteta acredita que a próxima geração deve ser instruída ao respeito mútuo.
“Só com educação e mudança de cultura conseguiremos prevenir a violência e o desrespeito. É preciso cavar a empatia para que eles vejam nosso lado”, afirma.
O pedagogo e psicólogo Rodrigo Rodrigues, de 33 anos, cresceu em uma casa com três mulheres. Aos poucos, ele percebeu que tinha privilégios em relação às irmãs. “Eu nem queria enxergar isso, até porque era difícil abrir mão das minhas vantagens, mas com o tempo, entendi que era injusto”, conta.
Hoje ele defende e milita, através da Internet, pelas causas feministas. Rodrigo admite que a mudança é uma construção diária que exige esforço. “Muitas vezes me pego reproduzindo pensamentos de senso comum machista e, envergonhado, peço desculpas fazendo uma reflexão do porque falei algo sem pensar”, relata. O pedagogo afirma que existem consequências sociais para homens que tentam empoderar as mulheres. Eles costumam ser mal-interpretados por abrir mão de um mundo machista de privilégios. “Tem que ser cabra-da-peste, como se diz”, reflete.
Multimídia
Leia entrevista sobre ataques a feministas na web, com a blogueira Lola Aronovich: http://bit.ly/1NhTFpa
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