[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Comportamento. Histórias que unem fé, aceitação e transexualidade | DOM. | O POVO Online
Vida & Estilo.dom 05/07/2015

Comportamento. Histórias que unem fé, aceitação e transexualidade

Três mulheres transgêneros nascidas em lares evangélicos contam sobre amor, compreensão e fé
notícia 9 comentários
RODRIGO CARVALHO
Samilla Marques Aires e a irmã Priscila. "Eu amo a Samilla acima de qualquer coisa", decreta a irmã


Alexia, Ayannah e Samilla têm mais em comum do que faz supor o exotismo dos nomes. Mulheres transgêneros, nascidas em corpos masculinos, as três vêm de berço evangélico. Foram criadas segundo rígidos preceitos religiosos em lares onde a interpretação literal da Bíblia é considerada fundamental para a prática cristã. O que, à primeira vista, pareceria inconciliável, revela-se uma rara lição de superação, tolerância e convivência.


Ayannah nasceu em uma família de mórmons, como são conhecidos os fiéis da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Já os familiares de Alexia e Samilla frequentam a Assembleia de Deus.


A exuberância das mulheres que elas entendem ser coexiste com as doutrinas que guiam seus pais e irmãos até hoje. A receita para o êxito tem como principais ingredientes empatia e alteridade. “A gente tem que entender que as pessoas não são obrigadas a aceitar, respeitar esse estranhamento e ir tentando mudar. Eu tento, todo dia, construir a Samilla na cabeça de meus pais”, pondera Samilla Marques Aires, coordenadora da Diversidade Sexual de Pacatuba e militante trans.


A revelação de sua transexualidade, na adolescência, abalou as relações familiares, e ela decidiu sair de casa. Hoje, 15 anos depois, é ela quem leva o pai, cadeirante, aos cultos dominicais, e se considera a filha preferida da mãe. “Eu amo a Samilla acima de qualquer coisa. Meus pais tiveram problemas no começo, por nós sermos cristãos. Mas hoje, defendem a Samilla e a amam incondicionalmente”, afiança a irmã, e amiga, Priscila Aires.


Alexia Pereira, 25, também encontrou a compreensão nos braços da mãe, a costureira Francisca Edith Pereira. “Eu aceitei. E disse que ele merecia todo o respeito, mesmo com as escolhas dele. Porque nada é feito no mundo sem que Deus permita”, justifica a costureira, que mora com a filha e o genro (Alexia é casada), em Maracanaú. Dos quatro irmãos, Alexia de dá bem com dois. Os outros e o pai não aceitam a transexualidade dela.


“Quando a nossa família apoia, a gente tem força para enfrentar qualquer coisa”, define Ayannah Queiroz, 27. Caçula de três irmãos, ela trabalha com eles na lanchonete da família, no Centro de Fortaleza. “Eu lembro que meu pai acolheu bem quando meu irmão anunciou em casa, ao contrário do que costuma acontecer por aí”, conta Cristiano Queiroz, irmão de Ayannah.


Assim como a mãe de Alexia e os pais de Samilla, Cristiano insiste em tratar a irmã no masculino. “A gente pede tanto respeito, né? Tem que respeitar isso neles também”, ameniza Samilla.

 

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espaço do leitor
Ju 09/07/2015 09:06
Muito interessante a matéria! Parabéns ao O Povo pela iniciativa. Precisamos mostrar pra sociedade que essas pessoas existem e que PRECISAM ser respeitadas, são cidadãos como qualquer outra pessoa e não é a condição sexual que determina caráter. E aqueles que se sentem ofendidos com a matéria por achar que estão influenciando as pessoas a terem a mesma orientação, sinto informar que você não é bem resolvido com sua sexualidade (em outras palavras, enrustido-a). Mais uma vez, PARABÉNS.
Zé bob 06/07/2015 16:46
Ô Zé do Buteco, não é questão de defender. Sociedade é isso: conviver. Você que é ateu deveria saber. Apesar das diferenças, viver honestamente, respeitando as pessoas. Não é nada de religião, véi. Essa moçada de "sexualidade diferente", merece todo o respeito. São cidadãos, pagam seus impostos e tudo. Vamos aceitar.
Zé do buteco 06/07/2015 13:11
o mais hilario é ver religioso defendendo esses comportamentos transsexuais quando até mesmo eu, ateu, acho bizarro. hoje fazem até campanha a favor. muito fácil doutrinar esse povo, são tudo massa de manobra hahaha
jasinto 05/07/2015 21:13
parece que virou regra a mídia trabalha publica tudo que é assunto que se refere a gay e lésbica tipo um estimulo para os que não que são sejam se transforme,porque vocês não publicam uma matéria sobre esta gente na melhor idade?
Zé Bob 05/07/2015 18:21
Prezado Elizeu, faço minha as suas palavras.
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