Luciana e Maria Cecília
O exemplo e o apoio da mãe dão forças para a advogada Luciana Veras Menezes, 32, ter a primeira filha, Maria Cecília, pelo parto normal. “Minha mãe teve uma facilidade muito grande: meu irmão nasceu no carro, mais de quatro quilos, porque não deu tempo chegar no hospital! Sempre ouvi essas histórias e nunca tive medo... Minha mãe é uma incentivadora do parto normal, diz que vai ser tranquilo, para eu não me preocupar”, confia.
Ao engravidar, Luciana uniu mais informações à sabedoria da mãe. Conversou com um amigo psicólogo e “com pessoas que tiveram, ou não, parto normal. E, qualquer dúvida, tiro com minha obstetra”. Ela considera ainda o pós-parto: “(Com o parto normal) Vou poder fazer tudo depois de ter o bebê... Fui me informando e percebi que era a melhor opção”.
Até chegar à escolha, Luciana passou por dois obstetras. O primeiro era “maravilhoso. Consegue lhe cativar e passa a informação com segurança. Tudo, ele conversava. Fiquei três meses com ele”, conta. “Até balancei para fazer a cesárea, para continuar sendo acompanhada por ele”, completa, lembrando uma conversa decisiva: “Ele disse que não faz parto normal. Isso é comum, entre os obstetras de Fortaleza. O que achei bacana foi que não me desencorajou; em momento algum, ele fez propaganda contra o parto normal”.
A médica que passou a acompanhá-la “aceitou, de boa, o parto normal. Só tentou me conscientizar que as circunstâncias, na verdade, é que vão fazer o parto”. Outra orientação dada pela obstetra “foi ser no hospital”, onde há equipamentos necessários em casos imprevistos.
Tranquila, a mãe de primeira viagem espera Maria Cecília - que ultrapassou 33 semanas e deve desembarcar em plena Copa do Mundo. E já ensaia, sorrindo, as renúncias da maternidade: “Tinha comprado ingresso (para os jogos). Agora, não dá mais!”.
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