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Paralisações de motoristas de ônibus podem acontecer a qualquer momento, em Fortaleza, até a próxima terça-feira, 12. Na manhã de ontem, o trânsito ficou lento no Centro, próximo à Praça da Estação porque, entre 7h45min e 10h40min, a categoria parou em protesto e seguindo estado de greve aprovado em assembleias no último sábado, 2. Em nota, o sindicato patronal afirma que as paralisações são ilegais.
Na manhã de ontem, ônibus parados e com pneus esvaziados bloqueando vias integraram o protesto próximo ao terminal a céu aberto da Praça da Estação, na rua Castro e Silva. Foi a primeira mobilização do estado de greve, com paralisações que podem voltar a acontecer a qualquer horário, segundo Domingo Neto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro-CE).
A abordagem de motoristas e dos usuários de ônibus nos terminais é outra estratégia adotada pela categoria. Para hoje, o foco deve ser na explicação do estado de greve à população. “Se tiver clima para fazer ato, nós fazemos”, lembra Domingo Neto. Na tarde de ontem, o sindicato elaborou carta aberta para ser entregue hoje durante a abordagem, defendendo as reivindicações e o direito de manutenção
do estado de greve.
O documento busca dar uma resposta à nota de repúdio, publicada na manhã de ontem e assinada pela diretoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus). O texto considera ilegais as paralisações, afirmando que o estado de greve não existe legalmente. O sindicato patronal informou ainda que acionará a Justiça para impedir o bloqueio de vias, garagens e terminais, além de solicitar ao comando da Polícia Militar ações que possam “garantir a livre circulação de pessoas”.
O Sindiônibus afirma ainda que os atos prejudicam as negociações, com nova reunião marcada para a terça. A proposta apresentada de reajuste salarial foi de 4%, enquanto o Sintro reivindica aumento de 18%. Segundo Domingo Neto, o poder de compra dos trabalhadores será diminuído com proposta aquém da inflação, de 9,53% em maio.
Outras cláusulas do pleito dos trabalhadores são de cesta básica de R$ 150, vale-refeição de R$ 15 e pagamento de 100% do plano de saúde. Atualmente, a categoria recebe cesta básica de R$ 100, vale-refeição de R$ 11 e 50% do plano de saúde.
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