[an error occurred while processing this directive]
Agentes socioeducadores reivindicaram melhores condições de trabalho, na manhã de ontem. Em caminhada, cerca de 50 profissionais exigiram inclusão no quadro de servidores públicos, redução da carga horária e qualificação profissional. Alegaram, ainda, que são agredidos durante o expediente e que não recebem proteção do Estado.
Noélio Oliveira, vice-presidente da Associação dos Profissionais da Segurança (APS), denunciou que os agentes vivem sob constante ameaça. “Os jovens se revoltam por ficarem lá, jogados, e devolvem nos agentes”. Segundo ele, pedras e sacos com urina e fezes são frequentemente arremessados contra os profissionais.
Erialdo Soares trabalhou no sistema socioeducativo por seis anos. Em 2010, foi obrigado a abandonar o serviço após ser agredido no Centro Educacional Cardeal Aloísio Lorscheider. O agente teve afundamento craniano e perda total da visão pelo olho esquerdo. “Recebi assistência no período em que estava no hospital, mas, depois, me largaram”, disse.
Daniel Barros, socioeducador atuante, deposita esperança na mudança de gestão dos centros. “Depois das fugas no Patativa do Assaré, entrou lá o tenente (Otevaldo Sousa). Pode ser que isso aconteça em outros centros e mude alguma coisa”. Além disso, ele exige que o Estado equipe os agentes com itens como coletes, escudos de proteção, bastões retráteis e sprays de pimenta.
A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) afirmou, em nota, que, desde fevereiro, vigora reajuste de 15% para os profissionais, e esclareceu que é vedado o uso de armamentos e artefatos policiais, como os citados por Daniel.
Militarização
O assessor jurídico do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), Acássio Pereira, teme pela “militarização dos centros socioeducativos”. Mas o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar, coronel Homero, rebate que “o simples fato de o tenente Otevaldo ser oficial da Polícia Militar não tem condão de transformar os centros socioeducativos em unidades militares”. (Igor Cavalcante)
Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016
Jornal de Hoje | Página Cotidiano