[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Mãe de Alanis relembra tragédia de seis anos atrás no Conjunto Ceará | O POVO
Conjunto Ceará 07/01/2016

Mãe de Alanis relembra tragédia de seis anos atrás no Conjunto Ceará

Patrícia Laurindo reconstruiu a vida e hoje é mãe de um menino de dez meses de idade. Ela guarda brinquedos e fotos e disse, em entrevista ao O POVO, temer que um dia o assassino de Alanis Maria seja solto pela Justiça
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Jéssika Sisnando jessikasisnando@opovo.com.br
CHICO ALENCAR/ESPECIAL PARA O POVO
Patrícia hoje tem um filho de dez meses que parece muito com Alanis

Há exatos seis anos, Alanis Maria Laurindo deixava um vazio na família. Caso estivesse viva, teria hoje 11 anos. Relembrando o crime que interrompeu a vida da criança, a mãe Patrícia Laurindo diz que a família nasceu novamente para aprender a lidar com a saudade. A mulher que perdeu a filha em uma tragédia que mobilizou todo o Ceará contou ao O POVO como se reconstruiu após Alanis ser vítima de sequestro em uma igreja no Conjunto Ceará, seguido de violência sexual e morte.

 

Patrícia foi voltando à rotina aos poucos. Durante a entrevista, a boneca preferida da menina ocupava o vazio nas mãos da mãe. “Guardei algumas coisas, a maioria doei. Tenho duas caixas com brinquedos e roupas dela. São coisas que eu não consigo me desfazer. Não procuro estar olhando, porque dói e machuca, mas também tem uma lembrança boa”, relatou.


A mãe diz que procura não lembrar da “parte ruim”. “O que fica é a saudade. Todo dia alguém lembra dela. Um dia sou eu, no outro meu marido, minha mãe...”. Diante da perda, ela se viu obrigada a começar do zero. “Foi difícil a gente se reconstruir. Passei quatro anos para conseguir engravidar novamente. Deus nos abençoou com um bebê e a falta dela sempre vai existir. Ele jamais vai preencher, porque ele é outro filho, outra criança, mas ele veio para dar mais sentido à nossa vida”, revelou, citando que Alanis sonhava com um irmão. O bebê de dez meses parece muito com a menina.


Justiça

Sobre o homem que causou o crime, Patrícia diz que tem medo de ele ser solto um dia. Antônio Carlos Xavier, o Casin, foi julgado no dia 25 de fevereiro de 2010 e condenado a 31 anos e oito meses de prisão. “A gente pedia a Deus que tinha que encontrar esse homem. Ele já era conhecido no Genibaú, uma mulher lá sabia que ele havia feito um crime desses (estupro). Dois dias depois, essa criatura estava indo para o Siqueira e por coincidência ele estava dentro do ônibus. Ela ligou para o marido e contataram um policial que acionou a Guarda Municipal”, lembrou.

 

Patrícia disse que ver Casin foi um misto de sentimentos ruins, de angústia, vontade de matar e morrer. “Graças a Deus ele está lá preso e tenho medo que seja solto. Já fez com a primeira, com a segunda e pode fazer com a terceira. Não sei se tratam ele mal ou bem. Não quero saber. Só quero que ele não seja solto”.


Segundo a Secretaria da Justiça (Sejus), Antônio Carlos Xavier segue preso na Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba. Por determinação judicial, ele fica isolado dos demais internos.

 

Saiba mais


O caso

Alanis brincava com crianças do lado de fora da Igreja Nossa Senhora da Conceição, no Conjunto Ceará. Durante a missa, a menina sumiu e foi encontrada apenas no outro dia. Ela foi raptada, sofreu violência sexual e foi morta.

O assassino de Alanis foi preso dias após o crime no Terminal do Siqueira. Ele já havia sido preso por estupro uma vez, mas estava foragido. Casin foi julgado e condenado a mais de 30 anos de prisão. Na época, a perícia comprovou que o DNA encontrado em Alanis era de Casin.

 

Avenida

Atualmente, o matagal no bairro Antônio Bezerra, onde Alanis foi encontrada morta, está cercado por muros. A avenida da igreja de onde Alanis foi levada ganhou o nome dela.

 

Multimídia

Veja entrevista com Patrícia

www.opovo.com.br/videos

espaço do leitor
Ricardo César 07/01/2016 09:17
Mãe, acredite que o pensamento de muitos cearenses estão com você.
Zé Bob 07/01/2016 08:17
Desejo que a Sra Patrícia recupere sua felicidade e que possa reverter a tragédia em algo positivo. O que aconteceu a ela é algo que nos ameaça todos os dias. Não podemos contar muito com nossa deficiente segurança pública. Só podemos contar com nossa própria vigilância e isto deve ser muito bem entendido.
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