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Desde a morte de Paula e o nascimento de Laurinha, Julita Teixeira se dedica integralmente aos cuidados com a neta, que necessita de atenção ininterrupta. Funcionária pública, ela se afastou do emprego e passa os dias ao lado da cama de Laura.
“Eu queria que minha casa fosse cheia de fotos dela (Paula). Porque eu sinto tanta saudade... Mas não consigo nem olhar pra fotos. Dói muito. Não vivi o luto da minha filha. Não consigo falar sobre isso”, diz, levando aos prantos o filho mais velho, Romeu Neto. “Minha rotina é segurar a mão da Laurinha. Olho pro pezinho dela e lembro da Paula vendo a radiografia e perguntando se ela estava bem. Se teria todos os dedinhos do pé”, lamenta.
Julita lembra que, no dia do parto, estava ajudando Paula a decorar o quarto para receber as visitas após o nascimento. “Foi quando aplicaram aquela injeção nela... Imediatamente, ela passou mal. Por isso eu digo que este médico matou minha filha. E eu vou dizer isso enquanto eu viver”.
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