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Crise 04/11/2015

Conselhos nacionais vistoriam centros socioeducativos em Fortaleza

Situação do Ceará será acompanhada pelos conselhos nacionais de Direitos Humanos e dos Direitos da Criança e do Adolescente
notícia 3 comentários
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Viviane Sobral vivianesobral@opovo.com.br
CAMILA DE ALMEIDA
Uma das unidades que serão visitadas hoje pelo conselho é o Patativa do Assaré, no Passaré

A crise do sistema socioeducativo do Ceará será acompanhada pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) como “caso emblemático” no País. O órgão pretende repercutir em outras unidades federativas as ações sugeridas e executadas no Estado. É a primeira vez que o Estado recebe esse acompanhamento nacional. Três centros serão vistoriados na manhã de hoje; pela tarde, uma audiência pública na Assembleia Legislativa discutirá a problemática.

 

Serão visitados os centros educacionais Patativa do Assaré, São Francisco e São Miguel, que seriam mais representativos no contexto geral do sistema, argumenta a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Nadja Bortolotti. De acordo com o órgão, a estimativa é de que, entre 2014 e 2015, tenham acontecido mais de 50 rebeliões nas unidades e fuga de mais de 250 adolescentes. As principais causas apontadas são superlotação, supostas sessões de tortura, problemas estruturais, entre outras violações.


Já em Fortaleza, representantes do CNDH e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) participaram ontem de uma reunião em que foi apresentada a situação geral do sistema. “Não é só dar visibilidade e fazer pressão, mas também para que os conselhos adotem encaminhamentos e recomendações aos governos locais”, defende Nadja.


Entre as medidas já sugeridas, aponta Mara Carneiro, da coordenação colegiada do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca Ceará), estão a declaração imediata do estado de emergência no Ceará e a criação de uma vara específica no Ministério Público para acompanhar os procedimentos de denúncias de tortura.


“Existem outros estados complicados - Pernambuco, por exemplo, tem uma situação bem parecida. Mas o Ceará, pelo número de rebeliões e denúncias de torturados, está tendo esse destaque”, indica Mara.


Situação

No último dia 28 de outubro, O POVO solicitou à Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) o perfil e a situação de seis dos 16 centros socioeducativos coordenados pela pasta para adolescentes em conflito com a lei, mas não obteve essa resposta.

 

No retorno obtido, entre outros tópicos, a STDS reafirmou que construirá quatro novos centros no Estado nos próximos dois anos, com mais 360 vagas. Somadas às 90 criadas com a inauguração do centro do Canindezinho em setembro, em Fortaleza, a gestão vai elevar a disponibilidade em 70%, de 641 para 1.091.

 

Saiba mais

 

Agravamento

Na semana em que a crise no sistema socioeducativo no Ceará ficou mais evidente,no mês de outubro, foram pelo menos dez episódios conflituosos em cinco dias, segundo levantamento do Cedeca Ceará.

9/10 Tentativa de fuga no São Miguel. Adolescentes serraram as grades, mas foram contidos.

 

13/10 Rebelião no Passaré. Apenas sete dos 24 dormitórios permanecem em funcionamento. Cinco adolescentes fugiram.

 

14/10 Novo episódio no Passará, desta vez pelo agravamento da superlotação e amontoamento nos dormitórios. No mesmo dia, rebelião no Dom Bosco com queima de colchões.

 

15/10 Rebelião no São Francisco, com tentativa de fuga. Há investigação no MP de que os instrutores teriam golpeado adolescentes na cabeça com barras de ferro.

 

16/10 Novo início de tumulto no Dom Bosco. No mesmo dia, rebelião no Passaré, de onde fugiram seis adolescentes.

 

17/10 Novos episódios no Dom Bosco (dos 16 dormitórios, restaram apenas cinco) e São Miguel (fuga de dois adolescentes)

 
19/10 Adolescentes fazem greve de fome no Centro Educacional Cardeal Aloisio Lorscheider devido às condições.

 

852 adolescentes estão abrigados nos dez centros da Capital, cuja capacidade é para 590

 

90 dias é o prazo dado pela Justiça, no último dia 19, de suspensão da internação de adolescentes apreendidos no Interior

espaço do leitor
Sheyla 10/04/2016 08:27
O buraco é bem mais em baixo, Edvaldo. Não se resolve assim, um problema que vem de longas datas. A desigualdade e a carência de políticas públicas para atender justamente esses jovens, ocasiona esse resultado lamentável.
Edvaldo Gomes 04/11/2015 09:31
E tem mais se algum desgraçado de "direitos-humanos" e deputados idiotas que defendem "bandidos-di-menor" tiver peninha que leve pra casa e cuide....a sociedade não pode pagar o pato pela irresponsabilidade das leis que protegem esses wvermes!
Edvaldo Gomes 04/11/2015 09:28
Esses "wvaggabundos-di-menor" que não tem recuperação e nem querem recuperação (pode dar comida boa,esporte,lazer o eskambau) que querem mesmo é fugir pra continuarem nas drogas,no crime,e charlando com o dinheiro dos outros. Se pelo menos a metade morresse nesses acertos de contas do tráfico já resolveria o problema de superlotação!
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