Arquitetos defendem que Praça Portugal permaneça como está
Os arquitetos José Otávio e Erika Cavalcante, defensores da Praça Portugal em sua estrutura original, apresentaram na última quarta-feira, 21, artigos sobre a polêmica que envolve a demolição da praça, no 1º Congresso Internacional sobre Espaços Públicos, em Porto Alegre. Os artigos são intitulados, respectivamente, “Quem faz a cidade? Uma reflexão sobre memória, planejamento e participação no caso da Praça Portugal, em Fortaleza” e “Praça Portugal: a negação da identidade e da memória coletiva pela política cearense”.
Do encontro, eles destacam a troca de vivências entre representantes de movimentos sociais. “Vimos que isso (a luta pela preservação do patrimônio histórico) se repete em todo o País”, disse José Otávio, que também é associado ao Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/CE). Especificamente a respeito da Praça Portugal, Erika acrescenta que os artigos deram visibilidade a um assunto que não é somente de interesse do fortalezense. “Várias pessoas no congresso já conheciam a Praça Portugal. Agora, eles conseguem entender o que tem acontecido”.
Ambos os arquitetos reprovam, no entanto, o projeto alternativo que está sendo estudado pelo prefeito Roberto Cláudio (PDT). “Nossa posição é de não mexer de jeito nenhum”, afirmou Erika. “A gente precisa saber quem está conduzindo o processo e por que não abrem para mais pessoas dialogarem”, ressaltou José Otávio. Pelas contas do arquiteto, a alteração pode chegar a reduzir quase mil metros quadrados da área da praça. “É um custo alto para alargar a rua para um trânsito que nem é importante incentivar”, disse. (Luana Severo)
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