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Hoje, o espaço mal lembra que um dia foi uma estação ferroviária. Sem um trilho sequer – já que todos foram retirados ou roubados – o monte de alvenaria serve para juntar entulho e, segundo os moradores, para abrigar o uso de drogas. As ruínas, que formaram a Estação Ferroviária do Otávio Bonfim, no bairro de mesmo nome, motivaram um pedido de tombamento do local pelo advogado Valdecy da Costa Alves. A razão apresentada é que o local foi entrada dos flagelados das secas históricas no Ceará.
O advogado entrou com o pedido de reconstrução e tombamento da antiga estação no Centro de Apoio Operacional de Proteção à Ecologia, Meio Ambiente, Urbanismo, Paisagismo e Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Caomace), do Ministério Público do Estado (MPCE). Ele pede também que seja construído no local um memorial das secas históricas do Ceará (1877, 1915 e 1932).
“Os livros dos escritores Rachel de Queiroz e Rodolfo Teófilo citam a estação do Otávio Bonfim como entrada para as pessoas que sofriam com a seca. Elas vinham desde Quixadá, Quixeramobim e todo o interior do Ceará”, rememora. No bairro do Alagadiço, próximo à estação, foi formada uma espécie de campo de concentração, com alguma semelhança com os locais do nazismo da Alemanha. O objetivo era evitar que os miseráveis, vítimas da seca, entrassem em Fortaleza. Foram os flagelados que ajudaram a formar os bairros Alagadiço, Parangaba e Pirambu.
A ideia do advogado é reunir depoimentos de familiares de sobreviventes, fotos e outros materiais que ajudem a reconstruir o passado, justamente para não ele ser esquecido.
Análise
No caso de a administração pública reconhecer o bem como possuidor de valor histórico, eles podem, segundo ela, agir no sentido de mandar reconstruir. “Temos um exemplo em Minas Gerais em que houve reconstrução, via administrativa ou judicial. Tudo vai depender do valor histórico”, confirma. Em nota, a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) informou, em nota, ser proprietária da área “desde o processo de estadualização da rede ferroviária”.
“Até o momento, a companhia não foi comunicada sobre possível pedido de tombamentos do referido equipamento”, diz a nota. A Metrofor reforçou ainda não ser sua responsabilidade decidir sobre tombamentos, já que os processos “são de competência de órgãos específicos do Município, Estado ou União, e independem da propriedade”.
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