[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive]
Em um mês e seis dias, mais de 100 tremores de terra foram registrados nos distritos de Coité e Juá, no município de Irauçuba, a 154 km de Fortaleza. Os abalos foram identificados pelos sismógrafos (aparelhos que detectam movimentos no solo) instalados a cerca de 60 km de distância. Do total, cerca de 10% foi sentido pela população, e o mais intenso chegou a 3.3 na escala Richter (magnitude considerada pequena), provocando rachaduras nas paredes e afastamento de telhas em algumas casas.
Na última semana, sete sismógrafos foram instalados no entorno dos locais atingidos com o objetivo de descobrir se existe – e qual a proporção – da falha geológica.
Não é a primeira vez que Irauçuba registra terremotos. Em 1991, eventos do tipo ocorreram ao longo de um ano e chegaram à intensidade de 4.4. “Dessa vez disseram que foi menor. Foi uma coisa bem rápida, mas a telha fez um barulho mexendo. A pessoa fica em pânico, com medo de abrir um buraco no chão”, contou o agricultor Raimundo Peri Mota Pacheco, 20, morador da comunidade Passarinhos, em Juá, a mais atingida pelos tremores.
Conforme ele, os dois abalos mais fortes aconteceram por volta das 17 horas e das 19h30min. “Eu estava assistindo televisão, com os pés descalços, e deu pra sentir bem o ‘tremido’ do chão”, lembrou. Reuniões com os cerca de 2.500 habitantes de Coité e Juá estão sendo realizadas no sentido de fornecer informações sobre as ocorrências. “Disseram para colocarmos mais uma ripa no telhado e, caso tenha algum tremor forte, procurar abrigo embaixo de uma coisa segura”, relatou Raimundo.
Os tremores foram identificados pelos sismógrafos de monitoramento do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis/UFRN), localizados nas cidades de Sobral e Morrinhos. Agora, mais sete equipamentos instalados pelo Labsis farão os estudos da área e deverão registrar os movimentos das rochas, se elas sobem ou descem, se vão para o norte ou para o sul, e o tipo de inclinação que ocorre.
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Irauçuba, Caetano Rodrigues, afirmou que, entre as preocupações mais comuns dos moradores estão a existência de atividade vulcânica e a possibilidade de que terremotos mais severos aconteçam. “As reuniões são exatamente para acalmar as pessoas, mostrar que todos os tremores são de baixa intensidade”, destacou. De acordo com ele, ainda não há um número de casas atingidas. “Mas foram poucas. A Defesa Civil vai avaliar se há necessidade de reparos, vai dar orientações sobre as fundações, os telhados”, afirmou.
Serviço
Laboratório Sismológico da UFRN
http://sismosne.blogspot.com.br
Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016
Jornal de Hoje | Página Cotidiano