[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive]
Por determinação da Justiça, foi reestabelecida a portaria que limita o ingresso de novos detentos no sistema penitenciário da Região Metropolitana de Fortaleza. O documento de número 1/2015 sugere que um preso seja encaminhado para as casas de privação provisória somente quando dois internos saírem delas. A determinação, que é de março e tem como objetivo desafogar as penitenciárias, foi suspensa naquele mês por causa da implantação do projeto Audiência de Custódia.
“Há um excedente prisional e precisamos de um mecanismo de controle”, justificou o titular da 1ª Vara de Execução Penal e corregedor dos Presídios e Estabelecimentos Penitenciários da Comarca de Fortaleza do Fórum Clóvis Beviláqua, juiz Luís Bessa Neto, autor da medida. Contudo, a determinação pode voltar a superlotar as delegacias de Polícia Civil. “Mas para saber disso eu precisaria ter uma bola de cristal”, argumentou o juiz.
De acordo com o magistrado, a suspensão da portaria durante a implantação das audiências de custódia já se deu para evitar que as delegacias ficassem com excedente de presos, o que comprometeria a execução do projeto. Agora, porém, eles terão de aguardar nas delegacias o surgimento de vagas nos presídios. “Não posso cuidar dos homens como se fossem animais, socando eles nos presídios. Quando são presos, eles perdem a liberdade e não a dignidade”, disse.
Impacto na segurança
Segundo a secretaria, a medida impactará no patrulhamento ostensivo, pois os policiais militares das ruas devem reforçar a segurança nas delegacias. “A decisão é incompreensível, ao passo que não aponta onde colocar os detidos, o que resulta em um dilema: ou a Polícia para de prender ou amontoa os presos nas delegacias”. Conforme a nota, haverá ainda “transtornos administrativos, como problemas na distribuição da alimentação e impossibilidade dos presos receberem visitas e banho de sol”, informou.
De acordo com a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), os presídios da Região Metropolitana estão com 9,9 mil internos, com excedente de 3.900 detentos. Em nota, a Sejus informou que, “como se trata de decisão judicial, cabe à Sejus somente o cumprimento da determinação”. E acrescentou que o projeto Audiência de Custódia deverá reduzir a população carcerária, já que o juiz decide sobre a necessidade ou não da prisão preventiva.
Saiba mais
Segundo a vice-presidente do Sindicato da Polícia Civil do Ceará (Sinpol-CE), Ana Paula Cavalcante, a Sejus, recebia 150 presos toda semana. Com a portaria do juiz corregedor, ela considera que os distritos policiais ficarão superlotados.
Para ela, a portaria se baseia em um excedente de 50% no sistema carcerário, sendo que as delegacias, além de não terem estrutura, possuem excedente de 300% de detentos.
“Vamos ter sucessivas rebeliões, resgates, fugas e tentativas. E vai sobrar para o único policial que fica sozinho no plantão. Estamos em discussão para orientar os policiais civis a não prenderem. Como vamos guardar esses essas pessoas?”, indaga.
Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016
Jornal de Hoje | Página Cotidiano