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Paracuru 24/08/2015

Homem é preso suspeito do assassinato da esposa e da filha em Paracuru

A criança tinha apenas oito meses. Marcelo Barbarena Moraes foi preso por homicídio triplamente qualificado
notícia 7 comentários
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Jéssika Sisnando jessikasisnando@opovo.com.br
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Mariana Lazari marianalazari@opovo.com.br
RODRIGO CARVALHO
Marcelo negou os crimes, mas acabou autuado em flagrante por homicídio triplamente qualificado
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Um homem foi preso em flagrante suspeito de matar a esposa e a filha de oito meses do casal. Marcelo Barbarena Moraes, 37, natural do Rio Grande do Sul, foi autuado por homicídio doloso triplamente qualificado. As vítimas, Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, 38, e a filha do casal, Jade, foram encontradas mortas no quarto de uma casa de veraneio da família, em Paracuru, Litoral Oeste. Na manhã de hoje, haverá a reconstituição do caso.

 

Em depoimento ontem, Marcelo negou os crimes. Ele afirmou que a casa foi arrombada e não ouviu barulho de tiros. Porém, conforme a delegada Socorro Portela, diretora da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), ele se contradisse no depoimento e apresentou divergências em relação ao que foi dito pelo irmão e pela esposa dele, que também estavam na casa e foram ouvidos como testemunhas.


O depoimento dos três durou quase dez horas. A delegada ainda informou que não foram encontrados vestígios de arrombamento na casa e que um vizinho prestou depoimento afirmando ter escutado dois tiros durante a madrugada. Conforme Socorro Portela, Marcelo relatou ter quatro armas no apartamento do casal, no Cocó, e informou que o casamento dos dois estaria “conturbado”.


Uma mensagem de Whatsapp em um grupo da família foi encontrada pela Polícia no aparelho celular de Adriana. No texto, uma pessoa afirmava que Marcelo confessou o crime, ainda na casa, antes da chegada da Polícia.

maurício oliveira/notícias de paracuru
A casa onde aconteceu o crime pertence à família de Adriana

O crime

Os corpos das vítimas foram encontrados por volta das 6 horas no imóvel, localizado no bairro Campo de Aviação. Adriana e a criança foram mortas enquanto dormiam, segundo Sônia Silva, da Perícia Forense do Ceará (Pefoce). A criança foi baleada nas costas e a mãe, na cabeça. O casal morava no bairro Cocó, em Fortaleza. Adriana trabalhava como contadora em uma multinacional e o marido como gerente em outra empresa. O casal teve outra filha, de sete anos, que também estaria na casa no momento do crime.

 

Quem acionou a Polícia foi o próprio Marcelo, informou o comandante da PM de Paracuru, capitão Charles Robert. “Segundo a versão dele, acordou às 6 horas e foi olhar a esposa, que dormia em outro quarto. Quando mexeu nela notou que estava fria, então viu o sangue e percebeu que estava morta. Depois viu que a criança também estava morta”.


A perita Sônia Silva informou que encontrou um revólver calibre 38 no bebê-conforto da criança. A arma foi encaminhada à DHPP e deve passar por exame de balística hoje. “A arma estava embaixo do forro, bem no cantinho. A pessoa colocou a arma em pé. Ninguém nunca poderia imaginar que ali estivesse um revólver”, indicou.

 

Saiba mais

REPRODUÇÃO INSTAGRAM
Adriana e a filha Jade: a menina tinha apenas oito meses

Quem esteve no local do crime presenciou a emoção dos profissionais da segurança ao encontrarem mãe e filha mortas.

 

A perita Sônia Silva saiu do local emocionada diante da situação. “A gente fica imaginando como alguém tem sangue frio para retirar a vida de um inocente que não tem nenhum tipo de defesa. É muita maldade”, lamentou. Outro perito foi visto chorando ao deixar o local.

 

Na rede social Instagram, Sara Diniz, amiga de Adriana, escreveu: “Estou revoltada, indignada... A vida desses dois anjos foi retirada brutalmente. Nos abraçamos no meu ‘niver’ e nunca pensei que seriam os últimos sorrisos. Deus as guarde, linda Adriana e sua pequena Jade.”

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espaço do leitor
Jale Teixeira de freitas 25/08/2015 13:01
meu Deus aonde podemos chegar, hoje temos medo das pessoas, por causa de um caso deste...
Felipe 25/08/2015 12:38
Ganha a audiencia na TV e o próprio assassino que só irá cumprir 5 aninhos.Bosta de país.
Gervasio Trigueiro 24/08/2015 23:20
O povo pode mudar exigindo de Deputados e senadores a votação do Novo Codigo Penal e de Processo penal.Que alias está nas gavetas por medo deles de serem enquadrado no proprio voto.Mas o povo pode mudar isso.
Ademir Oliveira Silva 24/08/2015 15:31
o Brasil é o país da impunidade.
Alcion 24/08/2015 14:29
De fato, este é o sentimento que deve acabar. Como tenho dito, insistentemente, a questão não é de idade. O cerne da questão envolvendo segurança pública é IMPUNIDADE. O indivíduo tem que ter o sentimento de que, ao agir à margem da lei, irá responder, exatamente, nos limites dela. E essa lei não pode ser tão branda. Se pegou 30 anos, que cumprisse, pelo menos, 50%. Dependendo, é claro, se trabalhou; estudou ou contribuiu, de alguma forma para ter esse benefício.
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