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Universalizar o saneamento básico no Ceará e no Brasil, além de garantir direitos constitucionais à população, é um esforço que traz vantagens em outras áreas. Na saúde pública, por exemplo, sair do zero até conseguir uma cobertura de 100% dos serviços resultaria numa queda de 400 mil para 266 mil internações por doenças causadas pelo contato com o esgoto.
As simulações foram apresentadas durante o evento pelo presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos. Para o Ceará, o saneamento reduziria 4,9 mil internações e evitaria o gasto de R$ 1,6 milhão com saúde pública. Como benefício econômico, foi mostrada também a valorização imobiliária. O preço médio do imóvel no Brasil dá um salto R$ 12,4 mil quando se adiciona à localização o acesso à água tratada e rede de esgoto. O levantamento levou em conta estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Os efeitos seriam diretos também no turismo. Com 43,2 mil postos de trabalho criados em 2013 em 2013, o Estado poderia ofertar mais 36,6 mil empregos para receber visitantes. “A falta de saneamento é brutal para afastar turistas. Se não cuidar de Canoa Quebrada e Jericoacoara, por exemplo, a infraestrutura não aguenta em dez anos. A rede hoteleira chega rápido, a rodovia chega rápido, mas o saneamento vem lento”, alertou Édison.
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