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A falta de água no Ceará não foi problema com força suficiente para parar o Carnaval, mas mudou a forma como foliões passaram a aproveitar a festa. Em algumas localidades, maisena e goma foram substituídas pela espuma no mela-mela e, em outras, a brincadeira foi cancelada.
O Carnaval no Maciço de Baturité, por exemplo, ficou dividido entre a vontade de aproveitar a festa e o drama da falta de água. Em Mulungu, a Prefeitura cancelou o evento. Boa parte da população aprovou a medida, uma vez que está sendo obrigada a conviver com a estiagem.
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Nessas localidades, uma regra foi adotada: o mela-mela seria com spray de espuma. Segundo a comerciante Luana Cavalcante, para quem pode pagar, é fácil comprar garrafões de água, mas quem não tem dinheiro precisa acordar de madrugada para ir até o olho d’água.
O município de Beberibe cancelou o Carnaval para investir o dinheiro no combate à seca, mas reuniu muitas pessoas na praia de Morro Branco (Litoral Leste), o que agravou a falta de água.
“Aqui não tem abastecimento regular. A água chega nas casas às 21 horas e a gente guarda. Mas, agora, mesmo com o Carnaval cancelado, foi permitido paredão na praia (Morro Branco) o que reúne muita gente e piora a falta d’água. Busco água dos vizinhos que têm poço”, relata a vendedora Sílvia Lima, 25, moradora de Beberibe.
Em Aquiraz, a iniciativa privada bancou a festa com apoio da Prefeitura em limpeza e segurança. Para compensar a falta de água, foi feita a perfuração de poços.
Na Praia da Taíba, houve campanha de conscientização para economia de água e o mela-mela foi cancelado. Mesmo assim a brincadeira aconteceu. Ainda houve queda de energia na noite de sábado. Barraqueiros relatam que aparelhos, como geladeiras, pararam de funcionar. Ruas no entorno da praça ficaram escuras. O som da banda no palco central falhou e o show terminou mais cedo. A secretária de Cultura de São Gonçalo do Amarante, Maria Vênus de Andrade diz que uma sobrecarga causou o problema.
“No distrito de Croatá, a estiagem afetou muitas famílias. Fontes já começaram a secar até mesmo na Taíba”, explica.
Aracati
Trios elétricos
O Carnaval em Aracati “bombou”. Este é o termo utilizado para a dimensão da festa. A concentração se iniciava à tarde, ao som dos paredões. Às 21h, a turma saía na avenida Coronel Pompeu para a folia, com trios elétricos para animar.
Serra
Jazz & Blues
O sol forte e o calor imperaram. Guaramiranga recebeu o festival de Jazz & Blues. Daniel Jobim fez tributo ao avô, Tom; teve a banda paranaense Big Time Orchestra; e a cantora Marília Lima, da In Blues, convidada da banda Blues Label.
Fortim
Diversão
Em Fortim, os paredões estavam proibidos na praia. No entanto, nas avenidas e praças do município, a turma se divertia ouvindo os ritmos do Carnaval e curtindo o tradicional mela-mela. À noite, a festa era na Arena da Folia.
Beberibe
Praça Matriz
Com Carnaval cancelado, Beberibe concentrou os sons de carro dentro das casas. O movimento nas pousadas diminuiu. A praça Matriz era onde as famílias se reuniam à noite e um paredão de som tocando forró dava o tom da animação.
Morro Branco
Paredões
Das 9h às 22 horas, os paredões ocupavam a região da Marina na praia do Morro Branco, no município de Beberibe. O mela-mela acontecia todas as tardes e os foliões não sofreram para se livrar da sujeira pois havia poço nas casas.
Presídio
Ritmos
Ao som dos paredões. Foi assim que os foliões aproveitaram o Carnaval na Praia do Presídio, que também contou com o tradicional mela-mela com goma e spray de espuma, brincadeira que abriu a programação.
Prainha
Mela-mela
O Carnaval da Prainha, no município de Aquiraz, se concentrava nas areias da praia e no Polo de Lazer. Na programação, um mela-mela diferente, com uma lama negra chamada de “mina”, e shows com bandas de forró.
Taíba
Tradição
O Carnaval da Taíba, em São Gonçalo do Amarante, prezou pelos costumes antigos. Durante a festa, a programação oficial encerrou à meia-noite. Em vez de grandes bandas, houve maracatus e blocos ao som de marchinhas.
Paracuru
Ao som de DJs
O cancelamento das bandas em Paracuru, no Litoral Oeste, não desanimou os foliões. Munidos de maisena e spray de espuma, brincantes participavam do mela-mela e dançavam do axé ao funk na praia em frente à Igreja Matriz.Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
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