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Obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo abusivo de álcool e até o uso excessivo de aparelhos tecnológicos podem ser responsáveis pela marca de 41% dos cearenses com pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT). O percentual é maior que a média nacional (40%) e traz uma novidade: entre as seis doenças de maior prevalência, os problemas na coluna foram maioria. No Ceará, 1,4 milhão de pessoas (24% da população) têm dores lombares.
Os números são inéditos e fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada ontem pelo Ministério da Saúde. Hipertensão arterial, diabetes, colesterol e depressão, além das doenças de coluna, foram as DCNTs levantadas. As doenças são as responsáveis por 72% das mortes no Brasil.
“A porcentagem de 41% é preocupante porque muitas pessoas nem sabem que têm alguma dessas doenças. Hoje até há distribuição de medicamentos para hipertensão e diabetes, porque é muito mais barato prevenir do que pagar pelas complicações que essas doenças podem gerar”, diz o médico e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Renan Montenegro.
Dores na coluna
“Esses dados só confirmam o que nós já sabíamos. Dor na coluna vertebral é realmente uma epidemia”, destaca o presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna (ABRC), Helder Montenegro. Conforme ele, pesquisas já mostravam que, no Brasil, existem cinco milhões de pessoas com hérnia de disco e que 50% dos atendimentos de dores em hospitais são lombares.
“O poder público precisa olhar mais para essa epidemia. O pior é que as pessoas sentem esse tipo de dor gradativamente e isso afeta o psicológico, o bom humor, a rotina”, pondera o fisioterapeuta. A pouca - e inadequada - oferta de fisioterapia, de acordo com o presidente da ABRC, é uma das deficiências do Sistema Único de Saúde (SUS). “Os atendimentos na rede pública são feitos em grupo. Por isso o médico indica a fisioterapia e não consegue ter resultado. E, entre as lesões clínicas, apenas 5% têm perfil de cirurgia”, ponderou.
O policial militar Michael Marlen de Sousa Barbosa, 29, faz parte do grupo com problemas de coluna. Ele descobriu uma hérnia de disco há dois anos e as crises acontecem a cada seis meses.
“Meu tratamento é à base de remédio e de muita fisioterapia. Também faço exercício físico voltado para a região lombar”, relata. O problema de saúde provavelmente foi causado pelas 12 horas seguidas que ele passa dirigindo viaturas. “Se a pesquisa mostrou esse elevado número, as autoridades deveriam ter mais atenção”, opina.
Saiba mais
A pesquisa foi realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento foi realizado entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014, com entrevistas, em todo o Brasil, de 63 mil adultos.
Os dados divulgados ontem integram a primeira parte da pesquisa. Uma segunda fase trará informações a partir de exames de sangue, urina e aferição da pressão arterial.
As mulheres tiveram maior prevalência em todas as doenças. De acordo com a pesquisa, isso ocorre porque elas procuram mais o atendimento, facilitando o diagnóstico.
Pesquisas já comprovaram que o uso excessivo de tablets e smartphones pode provocar dores no pescoço e na coluna. A informação é do fisioterapeuta Helder Montenegro.
As DCNTs são doenças multifatoriais que se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração.
Serviço
Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão
Endereço: rua Silva Paulet, 2406, Dionísio TorresTelefone: (85) 3101 1545
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