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Os bairros Dionísio Torres e Ellery são semelhantes em um aspecto. Ambos foram palco de ações desastrosas da Polícia Militar, que terminaram com a morte de pessoas inocentes. No primeiro, em julho de 2010, o garoto Bruce Cristian de Souza Oliveira foi morto, aos 14 anos, durante trágica abordagem do Ronda. No segundo, dois jovens foram mortos durante uma festa de Pré-Carnaval, em janeiro de 2013. As vítimas também foram assassinadas por soldados da PM.
Para ajudar pessoas que passam ou enfrentarão situações semelhantes, os pais das vítimas dos casos citados decidiram criar a Associação das Vítimas da Violência Policial do Estado do Ceará (AVVPC), no último dia 27 de janeiro. Data em que completou um ano o caso dos jovens Igor Andrade de Lima, 16; e Ingridy Maiara Oliveira de Lima, 18, baleados no Bairro Ellery.
Um dos articuladores da criação da AVVPC foi o pai do garoto Bruce, Francisco das Chagas de Oliveira Souza, 41. “Familiares das vítimas do Bairro Ellery nos procuraram pedindo orientação para saber como agir. Foi aí que notamos a necessidade de uma instituição que reunisse pessoas que passaram por essa situação, para agirmos de forma conjuntada e organizada. Percebemos que as pessoas se sentiam fragilizadas pela falta de apoio”, explicou.
Segundo Francisco, a associação não tem sede própria. “Estamos cuidando da parte burocrática e avaliando se realmente necessitamos de um local fixo. A AVVPC ainda é muito recente. Estamos amadurecendo. Mas as ações de apoio já começaram”, garantiu.
Dentre os membros da AVVPC está a cabelereira Ana Cristina Costa de Souza, irmã de Ricardo. “Nosso objetivo é mostrar para sociedade, enquanto vítimas, que é possível lutar por justiça, sem violência”, disse, ao destacar que a família não teve envolvimento na ação contra ônibus registrada no dia seguinte à morte de Ricardo.
“Uma pessoa que está velando um corpo não pensa em queimar um ônibus. Somos totalmente contra violência. Não se pode destruir o patrimônio público. Mas alguns acharam que assim poderiam chamar atenção. Isso foge ao nosso controle. Não queremos justiça pelas próprias mãos”. (TP)
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