[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive]
O Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD), Santiago Fernandes, confirmou ontem ao O POVO que abrirá investigação, ainda sem data prevista, para “apurar as eventuais irregularidades” supostamente cometidas pelos peritos que assinam o laudo de balística nº 48468.01/2013B, da Perícia Forense do Ceará (Pefoce). O documento é parte do inquérito que apura o duplo homicídio ocorrido no Pré-Carnaval deste ano, no Bairro Ellery.
A perícia estadual chegou a apontar que a arma que matou os jovens Ingrid Mayara Oliveira Lima, 19, e Igor de Andrade Lima, 16, foi a pistola que estava no coldre da soldado do Ronda Maria Euzene Rodrigues, 30. Estava errado, segundo a própria CGD e os fatos apurados. Em um novo laudo, feito desta vez pela perícia da Polícia Federal a pedido da Controladoria, surgiu outro desfecho à apuração: os tiros, na verdade, saíram da pistola usada pelo cabo PM Raimundo Vieira da Costa, 44. O novo resultado foi revelado ontem pelo O POVO. As armas pertencem à Polícia Militar.
“Tendo em vista essa contradição entre os laudos, vamos chamar os peritos para que prestem esclarecimentos”, disse o titular da CGD. Pela microbalística, com a análise de ranhuras que o cano da pistola forma no projétil colhido nos corpos das vítimas, é possível rastrear a arma de onde partiram os tiros.
Os PMs do Ronda (viatura RD 1036) haviam sido acionados, na noite de 26 de janeiro deste ano, para conter a barulheira de carros de som após a festa pré-carnavalesca do Bairro Ellery.
Ao chegarem no local e efetuarem uma prisão, próximo à pracinha do bairro, acabaram sendo hostilizados a pedradas. Dois dos quatro PMs, o cabo Vieira e o soldado José Raphael Olegário Costa, disseram em depoimento ter “atirado para o alto” para dispersar o tumulto. Mas os tiros terminaram acertando Mayara e Igor.
Euzene nem chegou a retirar sua arma do coldre na confusão, segundo relatos colhidos no inquérito. Nem disparou, conforme o resultado negativo do exame residuográfico, que detectaria a presença de chumbo nas mãos - caso tivesse atirado.
Ontem, Euzene foi novamente procurada pelo O POVO. Disse que não se manifestará até o resultado do Conselho de Disciplina, previsto para a próxima quinta-feira, 28. O Conselho, formado por oficiais da PM que apuraram os fatos e usarão o inquérito como base, poderá indicar, ao final do julgamento, pela expulsão do cabo Vieira e do soldado Olegário.
Peritos
O POVO opta por não divulgar o nome dos dois peritos estaduais, porque o procedimento na Controladoria de Disciplina ainda não foi aberto oficialmente. Ambos são do quadro de peritos criminais adjuntos especiais, com cargos de chefia na estrutura da Pefoce. O coordenador de Perícia Criminal da Pefoce, Rômulo Costa, destacado pela Secretaria da Segurança Pública para falar sobre a divergência entre os laudos de balística, disse que ainda não teve acesso ao laudo da perícia federal e que “não teria como falar hoje (ontem)”.
Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016
Jornal de Hoje | Página Cotidiano